A quantidade de cesarianas atingiu níveis alarmantes em todo o mundo. É isso o que aponta um recente estudo realizado em 169 países. No Brasil, as cirurgias passam a metade dos nascimentos, quando o indicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é entre 10% e 15% do total.
“A cesariana tem um papel fundamental quando é necessária. O que os órgãos mundiais alertam é para a quantidade enorme de cirurgias sem necessidade. O parto normal é a melhor opção para a mãe o bebê e a cesariana só deve ser realizada quando ele não for possível”, comentou a ginecologista e obstetra Aline Forattini.
Pesquisas apontam que os bebês que nascem através de cesarianas ditas “desnecessárias” podem ter pequenas alterações na saúde, como uma maior dificuldade na amamentação. Para as mães, há o risco relacionado a qualquer cirurgia, além de cicatrizes no útero, sangramentos e complicações em partos nas próximas gestações. “A cesariana é uma cirurgia que, quando bem indicada, salva vidas, mas ela não deve ser a principal forma de nascer. Este título deve pertencer ao parto vaginal”, completou.