Saúde

Cirurgia, medicamentos e fisioterapia são tratamentos do Acidente Vascular Cerebral

Tempo de socorro a vítima do derrame é responsável por salvar ou leva-la a óbito

Foto: Divulgação
O derrame acomete principalmente os homens e a idade é um fator agravante. 

O Acidente Vascular Cerebral (AVC), ocorre quando uma veia do cérebro entope- forma isquêmica, ou, rompe- forma hemorrágica. Os dois tipos são graves e podem levar a vítima a óbito em questão de minutos. Por isso, o socorro rápido é fundamental para salvar a vida do paciente e gerar uma boa recuperação.

A cada 10 casos de derrame cerebral, em média, dois precisam passar por procedimentos cirúrgicos. Nesse processo, um cateter é inserido na artéria para desobstrui-la, este procedimento é utilizado no caso do AVC isquêmico. Para o tipo hemorrágico o equipamento interrompe o vazamento e impede que o sangue continue se espalhando pelo cérebro. Um serviço de saúde especializado, com uma equipe preparada e rápida, é capaz de reduzir o risco de morte pela metade.

O Hospital Meridional, em Cariacica, referência nessa área, tem uma equipe de plantão 24 horas para receber os pacientes vítimas de AVC. Ao chegar o paciente vai direto para o exame de ressonância onde os médicos confirmam o diagnóstico em 15 minutos. “Se for constatado o derrame, é necessário abrir o vaso acometido e identificar a causa. Dessa forma, o risco de um novo derrame diminui muito e o médico tem melhor condições de oferecer uma reabilitação adequada para o paciente”. esclarece o neurologista clínico do Hospital Meridional, Cesar Raffin.

O neuro radiologia intervencionista do Hospital Meridional, José Maria Modenesi Freitas, ressalta a importância da população em conhecer os sintomas do AVC. “Além de reconhecer os sintomas, é preciso saber onde levar o paciente. Cada tempo perdido com atendimento a uma vítima de derrame são milhões de neurônios que morrem”.

Recuperação

Um passo de cada vez, Christhian Martins, ex-surfista de 46 anos, sofreu há um ano um AVC hemorrágico e agora luta para se recuperar. Martins já largou a cadeira de rodas e agora se apoia no andador e, aos poucos, reaprende a andar com às sessões de fisioterapia. “Agora só falta perna e pé, mas mesmo assim, eu chego a mover um pouco. A parte dos meus membros superiores já voltou ao normal. O próximo passo é andar sozinho como sempre andei, é isso que estou buscando, voltar a andar, surfar, nadar, correr e pedalar. É tudo que eu desejo”, contou o ex-surfista, emocionado, que até começar a reabilitação ficou dois meses internados, um deles em estado de coma.

O aposentado João da Silva, 61 anos, sofreu um AVC isquêmico e não precisou fazer cirurgia, mas faz o tratamento com remédios. “Viver bem sem estar dando problema para filho, neto e esposa até os 80 anos está muito bom. Nós sempre queremos viver mais né, ter mais tempo, mas vamos até onde Deus quiser”, disse o aposentado. 

O Jornal da TV Vitória preparou uma série com três reportagens especiais sobre o Acidente Vascular Cerebral. Abaixo, você confere o último episódio que fala sobre a importância de um socorro rápido para a vítima do AVC.