Robô Da Vinci XI

Cirurgia robótica inédita no ES é realizada em paciente com câncer

O robô possui quatro braços de longo alcance com movimentos de rotação e angulação melhores que a mão humana

Cirurgia robótica inédita no Hospital Santa Rita
Cirurgia robótica inédita no Hospital Santa Rita. Foto: Divulgação/HSR

Uma cirurgia robótica inédita no Espírito Santo foi realizada no Hospital Santa Rita, em Vitória. A tecnologia da cirurgia com robô foi utilizada para um procedimento em tumores de orofaringe, de cabeça e pescoço.

Segundo o Hospital Santa Rita, esses tumores ocuparam o sexto lugar no ranking de atendimentos da instituição em 2024. A técnica permite que os tratamentos sejam menos agressivos e mais eficazes, além de acelerar a recuperação dos pacientes.

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Robô é chamado de “Da Vinci XI”

A primeira cirurgia robótica de cabeça e pescoço do Espírito Santo foi realizada por meio do robô Da Vinci XI. O sistema traz imagens em 3D HD e visão magnificada.

O robô também possui quatro braços de longo alcance, que possuem movimentos de rotação e angulação melhores que a própria mão humana. O equipamento ainda possui filtro de tremores e movimentos intuitivos, para que o procedimento seja mais preciso.

A cirurgia robótica é mais uma ferramenta disponível para o cirurgião de cabeça e pescoço no tratamento do câncer, com vantagens oncológicas, funcionais e estéticas. Ela fornece uma visão tridimensional do campo operatório, permite um acesso mais preciso e direto ao tumor, reduzindo o risco de danos aos tecidos adjacentes, facilitando controle de sangramento e melhor avaliação das margens de segurança oncológica”, destacou Jeferson Lenzi, chefe do Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital Santa Rita.

Médicos Ricardo Mai, Jeferson Lenzi, Renan Lira e Thiago Chulam em cirurgia robótica no Hospital Santa Rita
Médicos Ricardo Mai, Jeferson Lenzi, Renan Lira e Thiago Chulam em cirurgia robótica no Hospital Santa Rita. Foto: Divulgação/HSR

Um dos principais benefícios da cirurgia robótica é a ampliação da visualização do cirurgião por meio de uma visão tridimensional magnificada. As imagens permitem que o médico tenha movimentos mais precisos durante o procedimento.

“Os filtros de movimento do robô possibilitam que os gestos do médico sejam transferidos para os instrumentos cirúrgicos com máxima precisão, tornando os procedimentos menos invasivos. Isso é particularmente vantajoso para cirurgias em áreas de difícil acesso, como a garganta e a base da língua”, ressaltou Thiago Celestino Chulam, cirurgião de cabeça e pescoço do AC Camargo Câncer Center.

O especialista acrescenta ainda que, nos últimos dez anos, houve um aumento expressivo nos casos de tumores de orofaringe relacionados ao vírus HPV.

Cirurgia robótica inédita no Hospital Santa Rita
Cirurgia robótica inédita no Hospital Santa Rita. Foto: Divulgação/HSR

“Embora esses tumores apresentem um prognóstico mais favorável, os tratamentos convencionais ainda impõem altos níveis de toxicidade e sequelas funcionais significativas aos pacientes. Nesse contexto, a cirurgia robótica surge como uma alternativa, permitindo a remoção do tumor com segurança oncológica, ao mesmo tempo em que preserva funções essenciais”, enfatizou Chulam.

Em muitos casos, o protocolo adotado envolve o uso de quimioterapia ou outras medicações para reduzir o tumor antes da cirurgia robótica. Essa abordagem permite que os efeitos colaterais ao paciente sejam minimizados e promove uma recuperação mais rápida.

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