
Você já percebeu no seu exame laboratorial o colesterol não-HDL? A maioria das pessoas passam por ele sem dar a devida importância, ou até param para tentar entender e ficam meio confusas.
O colesterol não-HDL é um marcador mais preciso do risco cardiovascular do que o LDL isolado. Ele representa a soma de todas as lipoproteínas aterogênicas, incluindo LDL, VLDL, IDL e lipoproteína (a), partículas que contribuem para a formação de placas de gordura nas artérias.
Sua dosagem é simples: basta subtrair o colesterol HDL do colesterol total, geralmente esse valor já vem calculado no seu exame.
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Estudos demonstram que o colesterol não-HDL tem uma correlação mais forte com o risco de eventos cardiovasculares, especialmente em pacientes com diabetes, síndrome metabólica e hipertrigliceridemia (JACC, 2023).
Por isso, diretrizes internacionais, como as da Sociedade Europeia de Cardiologia e da American Heart Association recomendam seu uso na estratificação de risco e como alvo terapêutico.
A meta do colesterol não-HDL está relacionada com o risco individual, não é igual para todos. Em indivíduos com risco muito elevado, como aqueles com doença aterosclerótica estabelecida, a meta pode é rigorosa, exigindo um controle mais intensivo (<80mg/dl).
Monitorar e tratar adequadamente o colesterol não-HDL pode ser decisivo na prevenção de infartos e AVCs. A abordagem deve incluir mudanças no estilo de vida e, quando necessário, terapia com estatinas e outros hipolipemiantes. Avaliar esse marcador permite uma visão mais abrangente do risco cardiovascular e uma melhor personalização do tratamento.