O Estado do Rio enfrenta um grave surto de chikungunya e registra a circulação de um vírus até então inédito na região Sudeste, o mayaro. Os dois provocam sintomas semelhantes: fortes dores nas articulações, que podem se prolongar por meses.
Cientistas suspeitam de casos concomitantes das duas doenças. Segundo o Ministério da Saúde, os números de chikungunya no País estão 23% abaixo dos registrados no mesmo período do ano passado.
No Rio, no entanto, foram registrados até meados deste mês 25.459 casos da doença, com seis mortes – aumento de 26,7% em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com especialistas, os dados podem estar sendo inflados por casos de mayaro identificados erroneamente como chikungunya.
Entenda as diferenças entre as doenças
Dengue: a dengue é transmitida pelo Aedes aegypti e tem como sintomas principais febre alta (acima de 38 graus), dores musculares intensas, dor ao movimentar os olhos, mal estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. Os sintomas duram de 2 a 7 dias e podem gerar complicações, como dor abdominal, vômito e sangramento mas mucosas. Não há vacina na rede pública.
Zika: o vírus da zika é transmitido pelo Aedes aegypti, mas também pode ser passado por sexo sem proteção e pela mãe, para o feto, na gravidez. Os sintomas são febre baixa, dor de cabeça, dores no corpo e nas juntas, manchas vermelhas no corpo e olho vermelho. Os efeitos duram de 3 a 7 dias e há risco de complicações, como encefalite, síndrome de Guillain-Barré, doenças neurológicas e microcefalia. Não há vacina.
Chikungunya: a chikungunya, transmitida pelo Aedes aegypti, tem como sintomas febre alta (acima de 38 graus), pele e olhos avermelhados, coceira, dor de cabeça e dores no corpo. O diferencial em relação à zika e a dengue são as dores nas articulações, principalmente joelhos e pulsos. Os sintomas durante até 15 dias e pode gerar complicações, como encefalite, síndrome de Guillain-Barré e complicações neurológicas.
Mayaro: o vírus do mayaro é transmitido pela picada do Haemagogus janthinomys, que prolifera na copa das árvores, em áreas de mata. Os sintomas são febre alta (acima de 38 graus), dor de cabeça, dor muscular, manchas no corpo e, como na chikungunya, dor e inchaço nas articulações. A duração chega também a 15 dias. Pode resultar em complicações, como encefalite e artrite crônica. Não há vacina.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.