Saúde

Com caso suspeito de coronavírus, máscaras e álcool em gel começam a faltar nas farmácias do ES

De acordo com especialistas da área de infectologia, os cuidados são necessários mas não há motivo para pânico. Outras doenças consideradas mais letais preocupam mais no momento

Foto: Reprodução R7

Já são mais de 130 casos suspeitos de coronavírus no Brasil, sendo que um dos casos está sendo investigado em Aracruz, na região norte do estado. As notícias sobre o vírus têm feito com que muitas pessoas busquem formas de se proteger, mas segundo especialistas da área da saúde, algumas medidas, como o uso de máscaras, é desnecessário.

Em muitas farmácias da Grande Vitória, itens como álcool em gel e máscaras de proteção já estão sumindo das prateleiras. As máscaras, por exemplo, já não são encontradas em uma farmácia de Cariacica. A alta demanda já preocupa os farmacêuticos, em relação ao preço do produto, que deve ter alta por parte do fornecedor.

Segundo a farmacêutica Karine Freitas, o álcool em gel, recomendado prevenir o contágio pelo vírus, é um produto de grande circulação nas farmácias, mas as vendas aumentaram com a preocupação com o vírus. “É um produto de uso comum. As pessoas já costumam usar em casa, em escritórios, em academias, então é um produto que já tem uma saída boa. Mas agora, com essa onda do coronavírus, a busca se intensificou”.

Apesar da preocupação, profissionais de saúde defendem que no Brasil não há motivo para pânico. O uso da máscara, inclusive, só é recomendado para quem já está infectado; para quem está com suspeita da doença ou está em contato com pessoas infectadas, como familiares e pessoas próximas.

A médica infectologista Carolina Salume afirma que não os cuidados devem ser tomados para evitar o vírus, mas há outras doenças que causam mais preocupação e podem ser mais letais, no nosso país.

“Neste momento, pelo menos aqui no Brasil, não tem a menor necessidade de indicação de uso da máscara cirúrgica na rua, em metrôs, em ônibus, em nenhum lugar […] aqui no Brasil, tem mais coisa que a gente se preocupa, por conta da prevalência. A gente tem prevalência alta de influenza, que é a gripe, uma prevalência de dengue nessa época de verão, leptospirose nos locais que tiveram chuvas recentemente. São doenças mais graves e com maior letalidade do que o coronavírus neste momento”, disse a médica. 

Com informações do repórter Alex Pandini, da TV Vitória/ Record TV.