A ideia de que comer a cada três horas pode acelerar o metabolismo e promover a saúde é um conceito amplamente difundido, mas quão apoiado é pela ciência?
A nutróloga Dra. Caroline Accorsi destaca os mitos e as verdades sobre a frequência das refeições, a digestão e a produção de colesterol, esclarecendo conceitos com base em estudos científicos recentes.
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O mito de comer a cada três horas
A prática de comer pequenas refeições a cada três horas ganhou popularidade com a promessa de que ajudaria a manter o metabolismo acelerado, controlar a fome e promover a perda de peso.
Estudos científicos, como os publicados no “International Journal of Obesity“, demonstram que a frequência das refeições tem pouco ou nenhum efeito no aumento do metabolismo. O que realmente importa para o metabolismo e a perda de peso é a quantidade total de calorias consumidas e a qualidade da dieta.
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Digestão e fermentação: o que realmente acontece
Quando se trata de digestão, o corpo é capaz de manejar diversas frequências de refeição sem haver riscos de fermentação indesejada ou produção de substâncias prejudiciais, como o álcool em quantidades significativas.
A fermentação que ocorre no cólon é um processo natural, resultando na produção de gases e ácidos graxos de cadeia curta (AGCCs), benéficos para a saúde do intestino e do corpo todo. Esta fermentação é mais influenciada pela composição da dieta, especialmente o teor de fibras, do que pela frequência das refeições.
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Colesterol e metabolismo
O conceito de que a frequência das refeições pode influenciar diretamente a produção de colesterol é um equívoco. A síntese de colesterol pelo fígado é um processo complexo regulado por fatores genéticos e hormonais, e não está diretamente ligado ao tempo ou à frequência das refeições.
Estudos no “Journal of Lipid Research” e outras publicações científicas suportam que o impacto das refeições no colesterol está mais atrelado à qualidade dos alimentos consumidos, como o teor de gorduras saturadas e trans, do que à frequência alimentar.
“O importante é que cada indivíduo encontre um padrão alimentar que seja sustentável e que atenda às suas necessidades energéticas, preferências pessoais e saúde metabólica. Médicos especializados podem oferecer orientações personalizadas baseadas em evidências científicas, ajudando cada pessoa a definir a melhor frequência de refeições para seu estilo de vida e condição de saúde.”, conclui a Dra. Caroline
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GASES, ESTUFAMENTO E QUEDA DE CABELO? VOCÊ PODE TER DISBIOSE; VEJA O QUE É DOENÇA
A disbiose pode ser causada por fatores como sexo sem preservativo, estresse e restrições alimentares
Você tem estomago alto e não consegue emagrecer? Talvez você tenha disbiose, uma doença que inflama o intestino e aumenta a retenção de líquido.
Se você é aquela pessoa que está sempre com dor de estômago, que solta muitos gases e que sofre com a queda de cabelo, talvez o problema esteja no seu intestino.
A Dra. Renata Gabrielly, coloproctologista, explica que essa alteração pode ser causada por parasitose, supercrescimento bacteriano e/ou fungico e intolerância alimentar.
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A nutricionista listou alguns dos principais sintomas da disbiose, confira:
• Queda de cabelo;
• Desconforto estomacal constante;
• Sensação de estufamento em todas as refeições;
• Prisão de ventre;
• Cansaço constante.
Mas, afinal, o que causa a disbiose?
Existem diversas situações que podem causar esse desequilíbrio, veja os principais:
• Alimentação com excesso de proteínas ou açúcar e pobre em fibras;
• Ingestão acidental de substâncias tóxicas, como os agrotóxicos presentes nas cascas de frutas que não foram lavadas corretamente, por exemplo;
• Consumo de bebidas alcoólicas com frequência;
• Tratamento recente com antibióticos;
• Falta de higiene bucal adequada;
• Níveis elevados de estresse e ansiedade;
• Relações sexuais desprotegidas (sem uso de preservativos).
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Tratamento
Os médicos costumam prescrever o tratamento levando em consideração, antes de tudo, a causa do desequilíbrio. A alimentação é a principal aliada para combater a disbiose
Alimentação
É bastante comum que pessoas com disbiose sintam uma sensação de desejo constante por açúcar. Isso ocorre devido a um descontrole do crescimento de bactérias que se alimentam de açúcar. Veja quais alimentos devem ser evitados:
• Doces, açúcar e carboidratos, principalmente refinados;
• Embutidos como linguiça, bacon e presunto;
• Bananas, maçãs e uvas;
• Laticínios.
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Controle do estresse e ansiedade
O ideal é procurar identificar e evitar (ou aprender a lidar com) as situações que geram estresse. Vale lembrar que os profissionais de saúde mental como psicólogos e psiquiatras podem ser de grande ajuda nesse processo.
Medicamentos
A orientação do médico quanto aos medicamentos pode ser tanto prescrever quanto interromper determinadas medicações. Existem medicamentos que interferem negativamente no equilíbrio da flora intestinal.
Suplementos
A suplementação de probióticos pode auxiliar agindo como coadjuvante no tratamento da disbiose desde que feito sob orientação médica. A orientação médica é essencial para que esses suplementos sejam administrados de forma correta.
Transplante fecal
O procedimento consiste em coletar as fezes de uma pessoa saudável e transferi-las para o intestino da pessoa com disbiose. Dessa forma, o equilíbrio da microbiota intestinal é alcançado com muito mais facilidade.
*Com informações do Portal Supera Farma