Bullying vem do termo inglês “bully”, que significa “valentão”. Trata-se de uma prática de intimidações ou agressões repetitivas por um grupo ou indivíduo contra uma ou mais pessoas, geralmente crianças e adolescentes.
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De acordo com o IBGE, quase 1/4 dos estudantes brasileiros já sofreram esse tipo de violência, que pode ser psicológica, física ou até patrimonial. O bullying também pode ocorrer em ambientes virtuais, sendo então chamado de cyberbullying.
Consequências do bullying
As consequências do bullying são mais graves do que uma agressão pontual e podem acompanhar a vítima por toda a vida. A psicóloga Rita Calegari, do Hospital Nove de Julho, explica que a prática faz a pessoa se sentir indesejada e humilhada simplesmente por ser quem é.
“Além de afetar o aprendizado, o bullying pode levar a problemas de autoestima, transtornos de ansiedade, depressão e até pensamentos suicidas”, alerta.
Como ajudar crianças e adolescentes que sofrem bullying
Para evitar as consequências graves do bullying, é fundamental que cuidadores e responsáveis ajudem a criança ou o adolescente da melhor forma possível. Aqui estão cinco atitudes primordiais para lidar com a situação:
1. Fique atento aos sinais
Os pais devem conhecer a personalidade e características da criança ou adolescente para identificar mudanças significativas de comportamento que possam indicar problemas. “Se ela sempre chega sorridente da escola e isso muda de repente, pode ser um sinal de alerta”, exemplifica Rita. Contudo, mudanças não indicam necessariamente algo grave, e devem ser observadas com cautela.
2. Não culpar a vítima
Muitos cuidadores, por desconhecimento, podem menosprezar a situação e agir de forma agressiva, culpando a vítima. “Essa conduta é extremamente negativa e pode agravar a situação”, afirma a psiquiatra Milena Sabino Fonseca, do Hospital São Luiz Anália Franco.
A especialista aconselha a cultivar um olhar empático e cuidar com a forma de abordar o jovem sobre seus problemas.
3. Dialogar, não palestrar
É crucial dialogar com a criança ou adolescente. “O diálogo deve envolver duas pessoas, e não apenas uma, como costuma acontecer. Você pode ensinar e orientar, mas dê espaço para ele se expressar”, orienta Rita.
4. Não agir de cabeça quente
Ao identificar o bullying, muitos responsáveis tendem a tomar atitudes precipitadas, como brigar com os pais da outra criança. Isso pode piorar a situação. Nesses casos, buscar um mediador, de preferência na escola, é o ideal.
“Isso permite compreender melhor a situação e formular estratégias conjuntas”, explica Rita. Para o cyberbullying, a recomendação é diferente: retirar o jovem do grupo virtual onde está sendo intimidado.
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5. Buscar ajuda de um profissional
O bullying pode ter consequências graves para a saúde mental. Por isso, é importante buscar acompanhamento psicológico para a criança ou adolescente.
“A terapia pode fortalecer a autoestima do paciente, oferecendo um ambiente de conversa acolhedor”, conclui Rita.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Este conteúdo foi produzido com o auxílio de ferramenta de Inteligência Artificial e revisado por editor do jornal.