A coluna Saúde em Fórum conversou com o médico Alberto Büge Stein, cirurgião do aparelho digestivo, pós-graduando em “Surgical Leadership”, pela Harvard Medical School, nos Estados Unidos, para falar sobre os caminhos corretos e errados de buscar informações pela Internet.
A busca por informações em saúde na internet alcançou números impressionantes. Segundo o respeitado periódico americano da Society of American Gastrointestinal and Endoscopic Surgeons (Sages), três em cada quatro americanos usam primeiro a internet para pesquisar informações sobre saúde nos Estados Unidos. Já, na Europa, uma em cada duas pessoas busca informações sobre saúde on-line.
No topo das buscas estão:
*DEPRESSÃO E ANSIEDADE
* CÂNCER
*BUSCAR POR SINTOMAS E QUAIS DOENÇAS ESTÃO RELACIONADAS,
*MEDICAMENTOS E SUAS BULAS,
*DIETAS E ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E EXERCÍSIOS FÍSICOS.
Sem dúvida, o acesso à informação gerado pela internet pode ser uma arma valiosa na melhoria da saúde individual e coletiva se for usada corretamente.
Avanços impressionantes na tecnologia da saúde como o google Lens, ferramenta que pode com uma foto do celular sugerir um câncer de pele, é um exemplo de como avançamos e onde podemos chegar com as ferramentas de busca.
As novas ferramentas de I.A. prometem melhorar a qualidade da informação em saúde, ferramentas como OPENEVIDENCE (HARVARD) e MED-PLM 2 (GOOGLE), estão sendo utilizadas pelos próprios profissionais de saúde para pesquisa on-line.
O outro lado da moeda, são casos dramáticos, onde pessoas em tratamento de câncer, substituem seus tratamentos por falsas promessas de cura, divulgadas normalmente em perfis de grande número de seguidores, com “fórmulas milagrosas” sem qualquer comprovação científica.
Mas então como navegar nesse mar de informação e não se afogar:
1- Número de seguidores na internet pode não garante informação de qualidade
2- Desconfie de tratamentos ¨milagrosos¨ para o câncer, com fórmulas que só a clínica ou profissional possuem.
3- Busque referências do procedimento com seu médico de confiança antes de realizar.
4- O RGE (registro de qualificação de especialista) dado pelo CRM é a certificação oficial de especialista
5- Sites de como Cochrane Review, Pubmed, Informedhealth, são ferramentas de busca em saúde com as fontes mais confiáveis.
6- Mais do que saber onde buscar a informação, saber interpreta-la e adequa-la para a realidade de cada paciente é o mais importante.