
A saúde do coração requer atenção e cuidados contínuos. Afinal, as doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de morte no Brasil, sendo responsáveis por cerca de mil óbitos por dia, conforme estimativa da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
De acordo com a cardiologista, Kátia Vasconcellos, os pacientes com doenças cardíacas não controladas fazem parte do grupo de risco do novo coronavírus. A médica explica que este fator não significa que os pacientes estejam mais propensos à contaminação, mas sim que estas pessoas apresentam uma predisposição para desenvolver a forma mais grave da doença.
A prática de exercícios físicos regulares é fundamental, mas como praticá-los durante o período de isolamento? A médica afirma que é preciso manter a rotina com o que se tem em casa, como aulas virtuais, subir e descer escadas ou até alguma atividade doméstica que ajude a exercitar o músculo cardíaco.
“Não cair na tentação provocada pela ansiedade e manter bons hábitos alimentares, que possam contribuir para o controle do peso, dos níveis de colesterol e da glicose no sangue, controlar a pressão arterial e evitar o estresse são ótimos aliados para manter o coração em dia”.
Ocupar a mente com algo que não seja apenas o trabalho, se dedicar a outros interesses e atividades que proporcionem prazer e tranquilidade, são práticas que ajudam a controlar o estresse, que é um grande inimigo do coração.
Um costume que tem ganhado muitos adeptos, segundo a médica, é a meditação. A técnica que desenvolve habilidades como a concentração, tranquilidade e o foco no presente, pode ser uma boa aliada da saúde cardíaca. Práticas espirituais ou religiosas também fazem muito bem, e isso é comprovado!
Não fumar é uma das principais formas de cuidar da saúde do coração e do corpo de uma maneira geral, e manter-se hidratado também é uma importante recomendação.
Problemas mais comuns
Dentre as enfermidades mais comuns, estão a insuficiência cardíaca, a insuficiência coronariana, as arritmias cardíacas e as doenças das válvulas do coração.
“Vários fatores contribuem para o aparecimento destas moléstias e a idade é o maior deles. As pessoas acima de 50 anos estão mais propensas a apresentarem estas doenças. O histórico familiar também influencia”, alertou a cardiologista.
A especialista explica que há outros fatores de risco associados às doenças do coração que podem ser controlados, como hipertensão arterial, obesidade, colesterol alto, diabetes, estresse e uso do cigarro.
“É importante consultar o médico com regularidade. Por meio do exame de sangue é possível monitorar parte destas condições de saúde. Também é preciso aferir a pressão arterial, controlar o peso e não fumar”, apontou.