Com a chegada do inverno, chega também à temporada de gripes e resfriados, já que o frio deixa o organismo mais propenso a essas doenças. Além disso, a queda nas temperaturas faz com que as pessoas fiquem mais tempo em ambientes fechados, fazendo com que os vírus se disseminem mais facilmente. Para evitar a suscetibilidade a essas doenças, é importante ficar atento a qualidade de vida e principalmente boa alimentação para mantermos nosso sistema imunológico eficiente.
A nutricionista Adriana Stavro, explica que o sistema imunológico é complexo e incorpora muitos órgãos e funções, é influenciado não por um alimento ou um nutriente específico, e sim por uma variedade de vitaminas e minerais, combinada com fatores de estilo de vida saudáveis como sono, exercícios físicos e baixos níveis de estresse.
“Sem dúvida, a ideia de aumentar a imunidade é atraente, mas o sistema imunológico é exatamente isso, um sistema e não uma entidade única, que para funcionar adequadamente requer equilíbrio e harmonia entre os nutrientes”, disse Stavro.
A nutricionista explica que normalmente, o sistema imune faz um trabalho extraordinário contra micro organismos causadores de doenças, mas às vezes falha. “Com isso, um germe, bactéria, ou vírus invade nosso corpo e nos deixa doente. Por isso o status nutricional (ingestão suficiente ou insuficiente) é um fator importante que contribui para a competência imune”.
Neste sentido, a primeira linha de defesa é escolher um estilo de vida saudável para manter o sistema imunológico protegido das ataques ambientais, para isso:
· Não fume;
· Pratique exercícios físicos regularmente;
· Mantenha um peso saudável;
· Consuma bebida alcoólica com moderação;
· Durma no mínimo 8 horas ao dia;
· Tente minimizar o estresse;
· Tome sol diariamente;
Além disso alguns nutrientes foram descritos como essenciais para a função das células imunológicas, dentre eles, a vitamina C, D, E, zinco, selênio, betacaroteno, glutamina, probióticos e probióticos.
Zinco: atua como cofator em papéis estruturais em muitas proteínas. Mesmo uma leve deficiência tem sido associada a falhas na resposta imune adaptativa e inata.
Fontes:carnes vermelha e de aves, feijão, lentilhas, amêndoas, amendoins, grãos integrais, leite e derivados
Selênio: é um oligoelemento que, como o zinco, tem funções funcionais, estruturais e enzimáticas em uma variedade de proteínas. O baixo status de selênio está associado a um maior risco de doenças crônicas, incluindo câncer e doenças cardiovasculares.
Fontes:castanha do Brasil, gema de ovo, sementes de girassol e frango
Betacaroteno: O betacaroteno é um antioxidante que pode reduzir a inflamação e aumentar a função imunológica.
Fontes: batata doce, cenoura, mamão, abóbora e tomate.
Glutamina: tem função em várias células imunológicas, incluindo neutrófilos, macrófagos e linfócitos.
Fontes:Carnes, ovos, peixes, Iogurte, queijo, leite, beterraba, couve, salsa, repolho, espinafre, feijão, favas e ervilhas.
Vitamina C: A deficiência de vit. C aumenta a suscetibilidade a infecções como pneumonia,pois baixos níveis de antioxidantes são incapazes de neutralizar o estresse oxidativo observado nesta condição.
Fontes:pimentões vermelhos, laranjas, morangos, brócolis, mangas, limão, laranja, acerola e abacaxi
Vitamina D: pesquisas mostram que a de vitamina D pode reduzir o risco de infecções virais, reduzindo a produção de compostos pró-inflamatórios no organismo.
Fontes:óleo de fígado de bacalhau, salmão, atum eovo
Vitaminas E: é um antioxidante que ajuda a combater os radicais livres e auxilia a resposta imune natural do corpo.
Fontes: nozes, sementes e azeite
“O microbioma é uma metrópole interna de trilhões de micro organismos que habitam nossos corpos, principalmente no intestino. É uma área de pesquisa intensa, pois os cientistas estão descobrindo que o microbiota desempenha um papel fundamental na função imunológica e que a dieta é importante na determinação de quais tipos de micro organismos vão se reproduzir e viver ali. Fibras, verduras, frutas, legumes e grãos integrais parece contribuir para o crescimento e a manutenção de micro organismos benéficos. Certos micro organismos quebram as fibras em ácidos graxos de cadeia curta, os quais vão estimular a atividade das células imunes. Estas são chamadas de fibras probióticas. Alimentos probióticos contêm bactérias vivas e alimentos/fibras probióticos alimentam e mantém colônias saudáveis dessas bactérias”, destacou a nutricinista.
· Alimentos probióticos: iogurte com culturas ativas vivas, vegetais fermentados, chucrute, tempeh, chá de kombucha e missô.
· Alimentos prebióticos: alho, cebola, alho-poró, aspargos, alcachofras, algas marinhas, frutas, legumes , e grãos integrais.
Assim, a alimentação ideal para os melhores resultados imunológicos seria a nutrição, que suporta as funções das células imunológicas, permitindo que elas iniciem respostas efetivas contra patógenos, mas também resolvam a resposta rapidamente quando necessário e evitem qualquer inflamação crônica subjacente.