A dor nas costas é uma condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Em 2020, cerca de 619 milhões de pessoas foram diagnosticadas com dor lombar crônica, um aumento de 60% desde 1990.
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Em resposta a esse crescente problema, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou suas primeiras diretrizes sobre o tratamento da lombalgia, focando em abordagens que podem ajudar a minimizar a dor e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Recomendações da OMS para o tratamento da lombalgia
A OMS recomenda uma abordagem holística e não invasiva para o tratamento da dor lombar crônica, que é caracterizada pela persistência da dor na parte inferior da coluna por mais de três meses. As principais intervenções sugeridas incluem:
Programas educativos: Focados em ensinar estratégias de autocuidado e aumentar o conhecimento sobre a dor nas costas
Programas de exercícios: Para fortalecer a musculatura e melhorar a mobilidade
Terapias físicas: Incluindo terapia manipulativa espinhal e massagem para aliviar a dor
Terapias psicológicas: Como a terapia cognitivo-comportamental, que ajuda a lidar com o impacto psicológico da dor
Medicamentos anti-inflamatórios não esteróides: Para controle da inflamação e alívio da dor.
A OMS destaca a importância de uma abordagem integrada, que considere fatores físicos, psicológicos e sociais que podem influenciar a dor.
Intervenções não recomendadas pela OMS
A OMS também alerta sobre intervenções que não devem ser utilizadas de forma rotineira, pois os possíveis riscos superam os benefícios:
– Aparelhos lombares e suportes: Que não apresentam evidências suficientes de eficácia
– Terapias físicas inadequadas: Como tração, que pode não ser benéfica para todos os pacientes
– Medicamentos opioides: Devido ao risco de overdose e dependência.
Opinião dos especialistas
Alberto Gotfryd, coordenador do Grupo Médico Assistencial de Coluna do Hospital Israelita Albert Einstein, observa que as novas diretrizes visam padronizar o tratamento da dor lombar crônica e destacar os riscos associados a tratamentos não comprovados.
Segundo Gotfryd, um dos maiores desafios é a natureza multifatorial da lombalgia, que pode ser desencadeada por uma combinação de fatores, incluindo sedentarismo, posturas inadequadas e problemas psicológicos.
“É crucial entender as várias causas da dor nas costas para desenvolver estratégias eficazes e custo-efetivas,” afirma Gotfryd.
A implementação das diretrizes da OMS pode ajudar a melhorar o manejo da dor lombar e reduzir o impacto desta condição no sistema de saúde global.
*Com informações do Estadão Conteúdo.
Este conteúdo foi produzido com o auxílio de ferramenta de Inteligência Artificial e revisado por editor do jornal.