A companhia de um animal de estimação pode mudar a vida de muitas pessoas. Os animais, principalmente os mais dóceis, como cães e gatos, amam os seus donos e a companhia deles pode trazer muitos benefícios para saúde de quem cria os bichinhos, especialmente na velhice.
Segundo o psicólogo da Jequitibá Residência Assistida, Gustavo Souza, a interação frequente dos idosos com animais domésticos contribui para a manutenção de uma rotina ativa e faz com que eles se sintam menos solitários e, consequentemente, menos propensos a doenças.
“As vantagens físicas e emocionais são muitas. Os cachorros, por exemplo, são excelentes para estimular as atividades físicas e facilitar a socialização com outras pessoas, e evitar com isso a solidão nessa fase da vida. Sair para caminhadas eventuais na companhia do cachorro ou mesmo se distrair, cuidando e brincando com ele dentro de casa, são tarefas bastante estimulantes e prazerosas, já que envolvem exercícios de funções cognitivas (atenção, memória, linguagem, etc) e corporais (levantar e agachar)”, afirma.
No entanto, ao escolher um animal de estimação, medidas devem ser tomados para que a convivência dos idosos com os animais se encaixem bem na rotina e seja agradável para ambos. De acordo com a enfermeira especializada em Terapia Intensiva para Adulto, Larissa de Oliveira, existem alguns fatores que devem ser levados em consideração.
“Informações sobre a raça e os hábitos devem ser bem conhecidos e adequados às possíveis limitações do idoso. Mantenha a saúde do animal em dia para não transmitir nenhuma doença ou representar qualquer risco à saúde. Caso algum morador tenha alergias, escolha animais ou raças que não soltem pelos. Considere também se os gastos com alimentação, higiene e veterinário se encaixam no orçamento familiar. Cuidado com os bichinhos que gostam de se entrelaçar nas pernas, pois eles podem provocar quedas”, sugere a enfermeira.