Conexão Justiça

Mulher tem complicações após harmonização no bumbum

Ela pagou R$ 1,6 mil para fazer o procedimento em clínica e, depois, precisou colocar drenos e se afastar do trabalho

A costureira está sem trabalhar desde novembro do ano passado por causa do problema que teve. Foto: Conexão Justiça
A costureira está sem trabalhar desde novembro do ano passado por causa do problema que teve. Foto: Conexão Justiça

Uma costureira aceitou ser paciente-modelo em uma clínica de estética em Laranjeiras, na Serra, e pagou R$ 1,6 mil para fazer um procedimento estético nos glúteos.

O que parecia a oportunidade dos sonhos trouxe tristeza e dor de cabeça. Isso porque apareceram manchas vermelhas e nódulos no corpo dela.

A costureira teve que recorrer a vários médicos e até precisou colocar drenos no bumbum. O problema afetou inclusive a vida profissional. Ela está desde novembro do ano passado sem poder trabalhar.

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“Nunca pensei que fosse passar o que estou passando. Foi um baque muito grande na minha vida. Eu confiei na profissional, por isso paguei à vista, não pedi recibo e nem contrato do que foi feito em mim. Ela disse que iria devolver meu dinheiro, mas até agora não me deu nenhuma assistência”, desabafou a costureira.

Marcelle Altoé e Petronio Zambrotti
Marcelle Altoé e Petronio Zambrotti. Foto: Divulgação/Conexão Justiça

O CONEXÃO JUSTIÇA foi acionado para ajudar a costureira.

Segundo o advogado Petronio Zambrotti, mesmo sendo paciente-modelo, ou até mesmo não pagando nada pelo procedimento, a paciente não deixa de ser consumidora e, por isso, tem direitos garantidos.

“Nesses casos, a pessoa tem que exigir sempre recibo, contrato, termo de consentimento para realizar esse procedimento com todas as informações claras e precisas sobre os riscos e danos que podem ser provocados à saúde. Quando o profissional não dá assistência em caso de complicações, a pessoa pode acionar a Justiça e pedir indenização por dano material, moral, estético e até pelos dias de trabalha parado”, explicou Petronio Zambrotti.

O CONEXÃO JUSTIÇA também procurou o biomédico e professor universitário Gustavo Carlete para saber como a pessoa pode identificar se o produto é ou não de boa procedência.

“O paciente tem o direito de fotografar o que vai ser aplicado nele. O produto deve estar lacrado, ter o registro da Anvisa e do Inmetro, que garante que ele é seguro. É uma garantia de que foi testado e padronizado para que não haja reações adversas no paciente. Importante pesquisar também se o profissional é habilitado para fazer aquele procedimento”, explicou Carlete.

A clínica foi procurada, mas não respondeu às mensagens nem atendeu aos telefonemas.

CONFIRA NO VÍDEO ABAIXO COM A REPORTAGEM COMPLETA DO CONEXÃO JUSTIÇA COM OUTROS DETALHES DESSE CASO:

Conexão Justiça aborda problemas jurídicos

O Conexão Justiça é um projeto idealizado e apresentado pela jornalista Marcelle Altoé, que também é advogada. Além da publicação na coluna do jornal online Folha Vitória, as matérias vão ao ar na TV Vitória toda quarta-feira no programa Cidade Alerta ES (18h) com reprise na quinta no ES no Ar (06h30).

As reportagens abordam problemas jurídicos de todas as áreas do direito, sempre trazendo um especialista para dar dicas de como a pessoa pode resolver aquela situação.

Para participar basta enviar mensagem de texto para o WhatsApp do Conexão Justiça (27) 99877-0099 (apenas mensagens de texto. Não recebe ligações e nem áudios), para o e-mail [email protected] ou para o Instagram @conexaojustica e @marcelle_altoe.

Marcelle Altoé
Formada em Jornalismo pela UFES e em Direito pela Faculdade Estácio de Sá de Vitória, possui títulos de pós em Direito Civil/Processo Civil e em Ciências Penais