Larvas que passam das fezes de ratos para caramujos e lesmas podem acabar em alimentos ingeridos por humanos, provocando danos neurológicos. O parasita Angiostrongylus cantonensis foi mencionado em uma reportagem do jornal The New York Times, que cita 100 casos de pessoas infectadas no Estado norte-americano do Havaí na última década.
Essa espécie de lombriga é mais comum no Sudeste asiático e no Oceano Pacífico. Conhecido como “larva de rato”, o verme está presente nas artérias pulmonares desses roedores. Quando seus ovos eclodem, as minúsculas larvas são expelidas pelas fezes dos animais e podem ser comidas por caracóis ou lesmas.
A infecção no ser humano se dá pelo consumo das lesmas em alimentos não lavados ou em bebidas descobertas. Uma vez dentro do corpo do hospedeiro, o parasita provoca desde sintomas como os de uma gripe até fortes dores nos nervos, levando em alguns casos a quadros de meningite eosinofílica e até paralisia.
O médico Jon Martell, ouvido pelo jornal, ressalta a dificuldade em estabelecer um diagnóstico para uma doença tão pouco conhecida. “Não há diagnóstico fácil e definitivo. Você não pode ir ao pronto-socorro e fazer um exame de sangue que diz que você tem uma doença de um parasita do pulmão do rato”.
Por: Portal R7