Originalmente criada para tratamento de cálculos renais, a terapia extracorpórea por ondas de choque (TOC) é uma aliada para o alívio e melhora da qualidade de vida de pacientes com dor crônica, conforme indica o médico André Félix.
O tratamento promove o fenômeno conhecido como cavitação, que é o rompimento de microbolhas no tecido lesado, e provoca o processo regenerativo tecidual, além do efeito analgésico.
“O tratamento é não invasivo e é realizado em ambiente ambulatorial. A terapia pode ser usada para tratamento de dores na coluna, quadril, joelho, ombro e cotovelo”, destaca.
De acordo com estudo publicado pela Universidade de Bacau, a eficácia da TOC foi apurada em 84% dos pacientes com tendinopatia patelar e dor crônica no joelho: dos 38 indivíduos avaliados, 32 apresentaram bons resultados na redução da dor durante o estudo e também nas avaliações após o término do tratamento.
Como funciona o tratamento?
A terapia por ondas de choque não utiliza choques elétricos, mas sim uma sequência de pulsos de energia mecânica ou ondas acústicas. Essas ondas penetram e provocam a cavitação dos tecidos, isso provoca reação do organismo para a regeneração.
André destaca que a TOC é indicada para uma série de tratamentos. Confira:
– lombalgias agudas e crônicas;
– distensões musculares;
– espasmos musculares;
– bursite;
– tendinites e tendinopatias;
– fascite plantar;
– esporão do calcâneo;
– lesões ligamentares (entorse do tornozelo);
– dor miofascial;
– capsulite adesiva;
– síndrome do impacto;
– artrose de ombro;
– epicondilites lateral (cotovelo do tenista) e medial (cotovelo do golfista);
– reabilitação do ombro de nadadores;
– lesões em corredores e outros atletas.
No entanto, há contraindicações para aplicação da TOC. São elas gravidez; pacientes com marca-passo; sobre feridas abertas, em pacientes com distúrbios da coagulação do sangue, incluindo trombose; pacientes com infecção ou em tratamento oncológico.