Saúde

Conheça os mitos e verdades sobre a dengue

Doença é grave e universal, podendo causar a morte e atingir qualquer pessoa

Foto: Reprodução
Ministério da Saúde adverte: Combater a dengue é um dever de todos! 

O medo de adoecer por causa da dengue leva as pessoas a utilizarem alguns métodos que nem sempre são eficazes para o combate ao mosquito. É preciso saber que o melhor remédio para combater a doença é a atitude de cada pessoa. A dengue é um problema real, uma doença séria e universal,  que pode causar a morte atingindo pessoas de todas as classes sociais. 

Somente com a adoção de novos comportamentos no dia-a-dia é possível contribuir para a prevenção e o controle da ocorrência da doença em nosso meio, rua, bairro, cidade. 

Mito ou verdade

Basta secar os lugares onde tem água parada?
Ministério da Saúde: 
Não adianta só secar os reservatórios de água parada. Tem de limpar também. O ovo do mosquito pode se manter viável por mais de um ano na água.

O mosquito da dengue pica apenas durante o dia?
Ministério da Saúde:
O mosquito pica principalmente durante o dia, mas se tiver oportunidade também vai picar a noite.

É verdade que apenas a fêmea pica?
Ministério da Saúde:
Sim. Ela necessita do sangue em seu organismo para amadurecer seus ovos e assim dar sequência no seu ciclo de vida. Ela pode colocar até 500 ovos durante seu tempo de vida, que varia de 30 a 45 dias, tempo suficiente para picar até 300 pessoas.

Velas de citronela ou andiroba ajudam no combate ao mosquito?
Ministério da Saúde:
Não, pois esses recursos têm efeito temporário e indeterminado.

O inhame e o complexo B ajudam na prevenção da doença?
Ministério da Saúde:
Não. As pessoas falam que principalmente o complexo B tem um cheiro muito forte e espanta o mosquito, mas não é verdade. Tomar vitamina B para evitar a aproximação do mosquito não se mostra eficaz, uma vez que o efeito varia de acordo com o metabolismo da pessoa, podendo não repelir o mosquito.

É possível distinguir a picada do Aedes aegypti da picada do mosquito comum?
Ministério da Saúde:
Não. A sensação de eventual coceira ou incômodo é igual a picada de qualquer outro mosquito.

A água de piscinas pode servir de criadouro para o mosquito?
Ministério da Saúde:
Depende. Se a água estiver bem tratada e com a concentração recomendada de cloro, o mosquito não se desenvolve. Já foi comprovado que a água com cloro e a água salgada funcionam como repelentes. Caso contrário, o mosquito pode se desenvolver sim.

Aplicar borra de café na água das plantas e sobre a terra ajuda a combater o mosquito?
Ministério da Saúde:
Não. A eficácia da borra de café não foi comprovada (já foi verificado na prática que a água suja de borra de café desenvolve a larva do mosquito) e a sua utilização não simplifica os cuidados recomendados que são: a eliminação de pratos junto ao vasos de plantas, a colocação de areia até as bordas dos pratos para eliminar a água e lavar pratos com buchas e sabão semanalmente.

É verdade que o mosquito se reproduz mais rápido no calor? Quais outros hábitos do mosquito?
Ministério da Saúde:
Sim. No calor, o período reprodutivo do mosquito fica mais curto e ele se reproduz com maior velocidade. Isso explica o aumento de casos da doença no verão. O mosquito fica onde o homem estiver. Prefere picá-lo a qualquer outra espécie e gosta de água acumulada para colocar seus ovos.

No período de inverno a população está livre da doença?
Ministério da Saúde:
Isso deve ser considerado um engano. Durante o frio, a larva entra no estado de hibernação e quando as chuvas e as altas temperaturas voltam, as larvas eclodem e há a contaminação novamente. Portanto, o trabalho de vistoria de quintais, terrenos baldios, estabelecimentos e outros locais, bem como, a busca e eliminação de criadouros do mosquito deve ser feito.

O ideal é usar um repelente ou os inseticidas para evitar a picada do mosquito?
Ministério da Saúde:
Precisamos ter bastante atenção quanto a isso. As duas opções podem ser utilizadas. No entanto, temos de lembrar que o uso desses recursos são soluções momentâneas que não resolvem realmente o problema da doença. Estamos apenas protegidos temporariamente. Quando termina o efeito do repelente, estamos novamente expostos ao mosquito. Portanto, o ideal é atuarmos como vigilantes em nossa casa, no trabalho, na creche e na escola de nossos filhos e em outros locais em que tivermos acesso. Temos de eliminar os criadouros onde o mosquito deposita seus ovos e se prolifera.

É verdade que o mosquito não consegue atingir locais altos?
Ministério da Saúde:
A fêmea se alimenta de sangue no início da manhã e mais no final da tarde, o que não impede que aconteça em outros horários. Quanto à capacidade de voo, sabemos que possui possibilidade de acesso a alturas como, por exemplo, chegar à caixa de água de sua casa, às calhas e terraços. Por sua vez, sua potencialidade de voo não atingiria um prédio de quatro andares. No entanto, ele pode chegar a alturas mais elevadas considerando que o mosquito pode estar alojado em elevadores, embalagem materiais em geral, brinquedos, caixas de ferramentas e uma infinidade de outros recursos que podem conduzi-lo até a cobertura de qualquer edifício. Mas suas preferências ainda são as baixas alturas, tendo em vista que, sem fazer esforço, consegue alimentar-se e proliferar-se.

Ar condicionado e ventilador impedem as picadas do mosquito?
Ministério da Saúde:
Não. O ar condicionado pode impedir a entrada do mosquito, já que o ambiente está fechado. O que existe de verdadeiro nessa história é que, normalmente, o mosquito se direciona em função da liberação de gás carbônico, feita pelas vias aéreas. Então, pelo fato de o ventilador ou ar condicionado estarem ligados, o gás carbônico fica mais diluído e impediria que o mosquito localizasse a vítima por conta disso.

Colocar água sanitária na água ajuda a evitar as larvas?
Ministério da Saúde: 
Ajuda. É uma das principais medidas. Colocar uma colherzinha de água sanitária na caixa d’água, na piscina, nas poças de água ajuda a evitar as larvas.

Todas as pessoas picadas pelo mosquito transmissor irão desenvolver a doença?
Ministério da Saúde:
Primeiro é preciso que o mosquito esteja contaminado com o vírus.