Saúde

Coronavírus: especialista orienta que avós não tenham contato direto com os netos

"Todos aqueles que tenham alguma condição que os coloque expostos a piora no processo infeccioso, devem se manter afastados do convívio social", explicou o médico

Foto: Divulgação

Com a propagação do covid-19 no Brasil, muitas pessoas se questionam sobre quem pode ser mais afetado pela doença. O infectologista Crispim Cerutti Júnior alertou que o grupo de risco é composto por todas as pessoas idosas, ou que possuam doenças crônicas. 

“Todos aqueles que tenham alguma condição que os coloque expostos a piora no processo infeccioso, devem se manter afastados do convívio social”, explicou o médico.

A medida de quarentena também inclui as gestantes, por se tratar de pessoas com maior fragilidade imunológica. Já as crianças, segundo o especialista, atuam como amplificadores do vírus. “A criança, do ponto de vista da morbidade, ela sofre menos que o idoso ou a pessoa com doença crônica. Mas ela transmite, ela veicula o vírus. Então, o convívio com a criança é um fator de risco para quem tem a possibilidade de evoluir de forma mais desfavorável”.

O especialista orienta que haja distanciamento maior entre os avós e os netos, por exemplo. “Nessa fase (esse contato) deve ser uma coisa que precisa ser conversada. Infelizmente, para o lado afetivo dos idosos, tem que haver um distanciamento maior entre eles e as crianças neste momento”, alerta o infectologista. 

A pneumologista Marli Lopes também explicou como o vírus age no organismo humano. Segundo a especialista, pessoas jovens e saudáveis muitas vezes ficam sem sintomas, mas para quem já possui uma condição desfavorável, tem maiores chances de complicação do quadro de saúde.

 “A porta de entrada é a via respiratória. Esse vírus provoca uma reação inflamatória no pulmão, nos brônquios e essa reação impede a troca do gás carbônico com o oxigênio e o indivíduo acaba tendo uma insuficiência respiratória […] o indivíduo para de respirar e precisa ir para o hospital para ser entubado, porque nem nebulização, nem remédio na veia, nada disso resolve, ele tem que entubar e colocado em respiração mecânica”, explicou.