As chamadas “fake news” são tão preocupantes como as doenças que atingem a população. Uma equipe da BBC investigou dezenas de casos de informações erradas sobre a covid-19, conversando com pessoas afetadas e autoridades médicas a fim de verificar os relatos, a conclusão é que a propagação de informação errada sobre saúde é tão grave que pode até matar.
No Irã, autoridades afirmam que centenas de pessoas morreram envenenadas por álcool depois que viralizaram boatos sobre seus “supostos efeitos terapêuticos”.
Ao todo, o boato afetou ao menos 796 pessoas até o fim de abril, segundo Kambiz Soltaninejad, autoridade da Organização de Medicina Legal do Irã. Segundo ele, essas mortes foram resultado de “notícias falsas em redes sociais”.
A verdade por trás desse número é nebulosa em um país onde o álcool é proibido e o álcool ilegal é frequentemente contaminado. Mas, neste caso, a equipe da BBC viu rumores da suposta “cura” se espalhando no aplicativo de mensagens Telegram antes do anúncio oficial do governo sobre as mortes.
Shayan Sardarizadeh, da equipe de desinformação da BBC Monitoring, observa que o anúncio representou um constrangimento considerável para as autoridades iranianas (pela proibição ao álcool) e que o número pode estar subestimado.
A BBC investigou a veracidade de um dos casos e identificou que um menino de 5 anos ficou cego depois que seus pais o fizeram ingerir a bebida ilegal como uma tentativa de combater a doença.
FONTE: BBC NEWS BRASIL- Via Portal R7