A 5ª onda provocada pela covid-19, ao longo do mês de junho, trouxe um número preocupante. Ao todo, 2.096 crianças na faixa etária de 0 a 4 anos de idade foram infectadas pelo vírus. Os números foram passados pelo secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, durante coletiva na tarde desta terça-feira (12).
“Isso representa na curva de faixa etária, a 3ª mais impactada, também em internações hospitalares, após os idosos e adultos de 18 a 59 anos, com dados superiores a crianças de 5 a 11 e de adolescentes de 12 a 17 anos”, afirmou Nésio.
Diante disso, a expectativa da pasta agora é pela autorização, por parte da Anvisa, para aplicação da Coronavac nesse público. Nésio disse acreditar que a aprovação possa sair ainda nesta quarta-feira (13).
“Será importante e fundamental que ao iniciar a vacinação de crianças de 3 e 4 anos, existam vacinas disponíveis por parte do Ministério da Saúde para vacinar a população pediátrica e que retomemos a capacidade de convencer e mobilizar pais e responsáveis pela importância da vacinação desta faixa etária. Os extremos de idades, início da infância e idosos são geralmente a faixas mais afetadas por infecções”.
Não existe idade segura para ter covid-19, diz secretário
Durante a coletiva, Fernandes fez questão de destacar que a pandemia não acabou e que além disso, também não existe uma idade segura para ter covid-19. Atualmente no Espírito Santo, 57% dos pacientes internados são idosos e 32% são pessoas não idosas.
“Nós podemos alcançar ao longo do mês de julho 100 óbitos por covid-19. É importante que a população entenda que entre os que faleceram nessa última onda, nós temos uma distância média de 219 dias da última dose desse público. Temos pessoas que morreram com o esquema atualizado, pessoas fragilizadas, no entanto a ampla maioria de casos de óbitos nessa última onda tem se dado por aqueles que está com esquema incompleto e atrasado”, destacou.
A nova onda que teve o início do crescimento registrado em abril, até esta segunda (11), o estado contabilizou mil novas internações hospitalares por covid na rede pública. Por conta disso, foi necessário ainda na última semana do mês de maio uma atualização da estratégia de leitos.
Foram definidos 100 leitos de UTIs e 100 de enfermaria para pacientes pré-hospitalares. Na avaliação da Sesa, a estratégia se demonstrou acertada em junho, seguindo até agora uma vez que o acesso aos leitos não foi comprometido.
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