Saúde

Covid-19: menores de 15 anos devem ficar de fora da vacinação no ES, diz subsecretário

Luiz Carlos Reblin explicou que as vacinas não foram testadas no grupo mais jovem. A prioridade deve ser o grupo de risco

Foto: Reprodução/Pexels

Ao que tudo indica, a chegada da vacina contra o novo coronavírus está cada dia mais próxima. Nesta terça-feira (08), na mesma data em que o Reino Unido começou a imunizar a população, uma reunião entre o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o governador Renato Casagrande e outros governadores, discutiu o assunto com relação ao Brasil.

Diante da possibilidade da aprovação e início de uma campanha de imunização, o Espírito Santo já tem o plano de vacinação preparado pelo Estado e pelos municípios. Logo após a chegada das primeiras doses, deve ser iniciada a vacinação para os grupos prioritários. “O Ministério da Saúde, que reúne um grupo de especialistas, define quem é o grupo que pode adoecer de forma mais grave e quem pode morrer com a covid. A partir daí, se define os grupos prioritários para a vacinação”, explicou o subsecretário em Vigilância de Saúde, Luiz Carlos Reblin.

De acordo com o subsecretário, em todo o Espírito Santo, que possui uma população aproximada de 4 milhões de habitantes, cerca de 3 milhões devem receber a vacina. Isso porque os mais jovens estarão de fora desta primeira fase de imunização. “Os mais jovens e crianças, não foram testadas para estas vacinas. Então, neste momento, ela não será indicada para eles. Sabendo que não teremos a vacina para os menores de 15 anos, a população a ser vacinada total no Espírito Santo seria algo em torno de 3 milhões de pessoas”, disse.

A previsão ´´e que a vacinação seja iniciada ainda no primeiro trimestre de 2021, mais precisamente, em março. No entanto, está prevista que a imunização seja realizada de forma gradativa, com grupos prioritários, a exemplo do que acontece com a vacinação contra a gripe. “O que percebemos, até o momento, é que não haverá de imediato, uma produção suficiente para aplicar em toda a sociedade de uma única vez”.

Diante da necessidade de uma quantidade expressiva de insumos, como seringas, algodão e outros materiais necessários, Reblin explicou que o Espírito Santo já adquiriu os produtos e já está no estado o suficiente para realizar a primeira etapa da vacinação. “No inicio da pandemia, nós tomamos as providencias para aquisição dos insumos. Nosso contratos estão finalizados e vamos começar a receber as seringas. Já temos seringas suficientes para o primeiro grupo. Estamos preparados, no ponto de vista de insumos”, explicou.

Estado quer vacinação no primeiro semestre de 2021

Durante a coletiva de imprensa da Secretária de Saúde, realizada na terça-feira (08), o secretário Nésio Fernandes, e o subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, também abordaram os principais pontos da reunião entre Renato Casagrande, governadores e o Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Segundo Nésio, a reunião durou quase três horas.

“Tivemos um intenso debate com o ministro Pazuello sobre as últimas atualizações e as negociações sobre as vacinas. O ministro afirmou que o Brasil já possui contratos para a compra de 300 milhões de doses para 2021”, ressalta o o secretário.

Nésio ainda revelou que o Brasil não tem uma agenda ampla de vacinação de massa. “Nós vamos continuar insistindo com o Ministério da Saúde de que é necessária uma avaliação técnica e aquisição de todas as vacinas disponíveis”.

O secretário ainda afirmou que o Governo do Estado continuará buscando estratégias para que haja imunização no primeiro semestre de 2021. “Entendemos que estamos preparados, com logísticas e insumos, para imunizar a população”.