A pandemia do novo coronavírus tem trazido novas descobertas a cada dia. Neurocientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), chamam a atenção para o fato de que o sistema nervoso central pode ser afetado pela covid-19, junto com uma série grande de publicações internacionais.
Segundo o patologista Dr. Carlos Senne, presidente do Senne Liquor Diagnóstico, centro de referência no Brasil em coleta e análise de líquido cefalorraquiano, observa-se aumento no número de pacientes que, após a desenvolver a doença, têm apresentado sintomas neurológicos como, por exemplo, cefaleia, fadiga generalizada, crises convulsivas, além de outras manifestações decorrentes da evolução da doença causada pelo vírus, como a síndrome de Guillain-Barré.
Pouco se sabe sobre a influência do vírus SARS Cov-2, no sistema nervoso central. A encefalite, que resulta da inflamação do parênquima cerebral e pode ser causada por infecções ou condições auto-imunes, já foi descrita estar associada à covid-19. Uma recente publicação associa a encefalopatia hemorrágica aguda necrosante com a doença. Nessa publicação os pesquisadores fazem uma alerta aos médicos e radiologistas em relação aos pacientes que apresentam a covid-19 e estado mental alterado.
“Em casos onde o paciente apresenta esses sintomas, é necessária investigação profunda utilizando diagnóstico por imagem, preferencialmente ressonância magnética, junto com análise laboratorial do líquido cefalorraquiano ou liquor. Essa avaliação é fundamental para o diagnóstico de doenças que atuam no sistema nervoso central, explica. Testes moleculares como PCR em tempo real realizado no liquor, auxiliam no diagnóstico e detecção da presença de agentes infecciosos causadores de doença, o covid-19.
Diagnóstico
O procedimento mais utilizado para fazer a coleta do liquor é através da punção na região lombar. A coleta do liquor realizado por médico especialista, traz benefícios, minimiza riscos garantindo a segurança do paciente. “Como a evolução dos quadros geralmente é rápida, a agilidade do diagnóstico para o início do tratamento adequado é fundamental para evitar sequelas neurológicas irreversíveis e salvar vidas”, alerta o patologista clínico, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica.
O exame é realizado em equipamentos de alta tecnologia, como é o caso do sistema BD MAX™. Trata-se de uma plataforma automatizada que realiza extração de ácidos nucleicos e PCR em tempo real. Com automação total do processo, o fluxo é padronizado, reduzindo chance de erros e com liberação de resultados mais rápidos e os erros diminuem. Nele é possível executar testes simultaneamente para até 24 tipos de amostras de várias síndromes e fornecer os resultados em até quatro horas e meia.
“A solução permite otimizar o fluxo de trabalho das equipes envolvidas com o diagnóstico, diminui o tempo de resposta para tomada de decisão na escolha do tratamento apropriado, sendo possível reduzir o custo total de tratamento do paciente”, pontua Senne.