No início da tarde desta quinta-feira (3), o secretário estadual de Saúde do Espírito Santo, Nésio Fernandes, fez uma thread no Twitter avaliando a possibilidade de mudança no status atual da covid-19 de pandemia para endemia. No “fio”, ele aproveitou para explicar o conceito de surto, endemia, epidemia e pandemia.
“Decretos/portarias não mudam o comportamento da transmissão, mas medidas sanitárias concretas, que intervenham na realidade, tais como, máscaras vacinas, leitos, acesso a serviços de saúde, medicamentos específicos, sim”, escreveu.
A crítica veio após o Ministério da Saúde confirmar, na manhã de hoje, que estuda rebaixar o status no Brasil de pandemia para endemia. Segundo a nota oficial, o MS avalia medida em conjunto com outros ministérios e órgãos competentes. A nota diz ainda que “o cenário epidemiológico e o comportamento do vírus no país” estão sendo levados em conta.
Para comparar a situação de endemia e pandemia, Fernandes resgatou dados da dengue no Espírito Santo em 2015. De acordo com o secretário, esta teria sido a pior epidemia de dengue e que, nos últimos 10 anos, foram registrados 986 mortes ao longo de cada ano.
Na publicação, o secretário menciona ainda como a dengue costuma se manifestar. “Dengue é endêmica e tem comportamento epidêmico em determinadas épocas. Na pior epidemia de dengue, tivemos em um ano o número de óbitos de um dia pela covid”.
Nésio também citou que o Decreto 7.616/2011, que dispõe sobre a declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional, prevê condições para declaração de pandemia e que para sua revogação as condições que levaram a isso devem ter cessado.
O secretário menciona também que para que a situação de endemia seja reconhecida são necessários alguns pontos, entre eles, cobertura vacinal de 90% com esquema completo, controle de óbitos, incorporação de medicamentos e pelo menos entre 90 e 120 dias com baixa incidência de novos casos.
Até o momento, a Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda não rebaixou o status da covid-19 de pandemia para endemia. Leia abaixo a thread completa feita por Nésio Fernandes no Twitter: