Saúde

Síndrome da respiração bucal prejudica saúde infantil

Ar que entra no organismo pela boca é mais agressivo, visto que não passa pelo processo de filtragem natural

Foto: Divulgação

Cerca de 30% das crianças brasileiras respiram pela boca e apresentam a chamada “síndrome da respiração bucal”. Apesar de, inicialmente, parecer uma disfunção de fácil solução e poucas consequências, a realidade é bem diferente.

O dentista Gustavo Menegucci explica que o ar que entra no organismo pela boca é mais agressivo, visto que não passa pelo processo de filtragem natural que é realizado pelo nariz, uma barreira entre as impurezas e os pulmões. “Crianças com essa condição tendem a congestionar com mais frequência o nariz, a garganta e ter voz anasalada.

Porém, os maiores problemas são de médio a longo prazo. Flacidez dos músculos faciais, má oclusão dentária, deformidades faciais, boca seca e mau hálito costumam se desenvolver quando o problema não é resolvido ainda na infância. “As crianças podem ter todo o processo de deglutição e mastigação comprometido”, alerta.

A condição pode gerar ainda complicações como um mau desenvolvimento dos ossos do rosto da criança. Segundo Menegucci, o tratamento junto ao dentista se dá por várias frentes, visando não apenas resolver problemas de má oclusão como também diferentes aspectos faciais afetados pela respiração exclusivamente bucal.