Saúde

Crianças que cochilam muito podem ter vocabulário reduzido

A pesquisa foi conduzida durante o lockdown, em 2020, e analisou 463 bebês e crianças entre 8 meses a 3 anos

Foto: Arquivo/ Agência Brasil

Para os bebês e crianças pequenas, uma pequena soneca após uma refeição ou de uma brincadeira pode parecer quase impossível de evitar, mas a verdade é que quando os cochilos são muito frequentes, eles podem atrapalhar o desenvolvimento cognitivo dos pequenos.

É isto que aponta um novo estudo publicado na última sexta-feira (28) no JCPP Advances, que aponta que crianças que tendem a tirar muitos cochilos, podem ter um vocabulário menor e habilidades cognitivas menos desenvolvidas. 

A pesquisa foi conduzida durante o lockdown, em 2020, e analisou  463 bebês e crianças entre 8 meses a 3 anos. De acordo com a responsável pelo estudo, Teodora Gliga, os resultados podem trazer algumas reflexões aos pais e responsáveis. 

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Segundo ela, as sonecas podem servir como algum tipo de compensação a crianças com baixos vocabulários, uma vez que é durante o sono que o aprendizado se consolida nos cérebros delas. 

“A frequência com que uma criança cochila reflete sua necessidade cognitiva individual. Alguns são mais eficientes na consolidação de informações durante o sono, por isso cochilam com menos frequência. Crianças com vocabulário menor ou uma pontuação mais baixa em uma medida de função executiva cochilam com mais frequência”, disse 

Ainda de acordo com a pesquisa, bebês que tiram sonecas curtas durante o dia também podem ter suas habilidades afetadas, mas o maior prejuízo se encontra em crianças que se aproximam dos 3 anos e mantêm estes hábitos de sono. 

O sono é uma necessidade individual

De acordo com a pesquisadora, no entanto, privar as crianças de sonecas, quando realmente precisam delas, não trará nenhum benefício à seu desenvolvimento, uma vez que a quantidade de sono é uma necessidade individual de cada bebê. 

“Crianças pequenas cochilam naturalmente pelo tempo que precisam e devem ter permissão para fazer exatamente isso”, salientou.

Além disso, a pesquisa também levou em consideração o cenário pandêmico e com as creches fechadas, puderam analisar os hábitos de sono das crianças sem as perturbações causadas por um dia a dia fora de casa.

Também foi apontado pelo estudo que crianças em situações socioeconômicas mais vulneráveis, tendem a ter mais problemas de sono do que as outras. 

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*Com informações do Portal R7