Ninguém está livre de ser picado pelo “mosquito da dengue”, até porque mesmo estando fora da época mais perigosa, os casos ainda são registrados e a doença ainda circula pelas cidades. Os idosos, ou quem cuida deles deve ter ainda mais cuidado em observar os sintomas e manter o ambiente em que eles vivem longe dos focos do mosquito, pois nesse grupo a dengue pode ser fartal.
De acordo com o Ministério da Saúde as pessoas com idade superior a 60 anos têm 12 vezes mais risco de morrer por dengue do que as pessoas de outras faixas etárias. Acredita-se que os idosos sejam mais suscetíveis porque neste grupo, a prevalência de doenças crônicas como pressão alta, diabetes e doenças cardiovasculares é maior.
A cidade de Vitória vive uma fase de alerta para a doença, pois, só no primeiro semestre de 2019, segundo a Secretaria de Saúde (Sesa), a cidade já registrou mais de 3.700 casos da doença. De janeiro a junho de 2018 foram registrados 666 casos. De acordo com os números, houve um aumento de 500% no número de vítimas do mosquito Aedes aegypti somente neste seis primeiro meses do ano.
O médico Eduardo Barcelos Ribeiro disse que a infecção por dengue, sendo ela leve ou grave, o risco de morte existe. Na maior parte dos casos, a primeira manifestação da dengue é a febre alta, de início abrupto, acompanhada de dores musculares intensas, dor nos olhos, mal estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. Náuseas e vômitos também são sintomas relatados por muitas pessoas que já foram acometidas pela doença.
“Alguns sintomas nos mostram que a dengue está evoluindo e aumentando sua gravidade, como dores abdominais muito fortes e contínuas, vômitos persistentes, pele pálida, fria e úmida. Sinais mais graves, como a presença de sangramento pelo nariz, boca e gengivas; manchas vermelhas na pele, comportamento variando entre a sonolência e a agitação; confusão mental, sede excessiva, boca seca, dificuldade respiratória e queda da pressão arterial. Todos esses sintomas são muito importantes e sugerem que a pessoa deva procurar atendimento médico urgente”, disse.
O médico ainda acrescentou que o tratamento é feito para aliviar os sintomas, utilizando analgésicos e antitérmicos. Repouso e uma dieta com boa ingestão de líquidos auxiliam o tratamento e melhora do quadro.
“A automedicação não é recomendada, pois pode mascarar sintomas, dificultar o diagnóstico e agravar o quadro do paciente. Além disso, segundo o Conselho Federal de Farmácia, medicamentos que contêm ácido acetilsalicílico (AAS), ibuprofeno e outros anti-inflamatórios não esteroidais (AINE) devem ser evitados, pois favorecem a ocorrência de hemorragias”, relatou.
Independente da idade, o diagnóstico da dengue é clínico e feito por um médico. É confirmado por meio de exames laboratoriais de sorologia.
Os exames para detectar a dengue podem ser feitos nas emergências de hospitais e o resultado sai poucos minutos.
O médico da Intermed Saúde explica como combater a dengue:
– Mantenha a caixa d’água bem fechada;
– Não acumule lixo no quintal;
– Não deixe água parada em pneus e vasos de plantas, por exemplo;
– Mantenha o lixo sempre bem fechado;
– Não deixe calhas entupidas.