O inverno já está quase se despedindo. Além de temperaturas mais baixas, a estação também traz à tona algumas doenças de pele típicas do tempo frio: as dermatites. Chamada popularmente de “caspa”, a dermatite seborreica é uma das queixas mais frequentes nos consultórios dermatológicos nessa época do ano. Doença inflamatória crônica e recorrente que atinge regiões da pele ricas em glândulas sebáceas, como couro cabeludo, rosto, axila e virilha, ela piora muito no inverno em decorrência dos banhos muito quentes e demorados.
“Caracterizada pela vermelhidão e descamação das áreas afetadas, podendo apresentar coceira, a dermatite seborreica acomete principalmente homens entre 40 e 60 anos, mas também pode afetar mulheres que já têm tendência a ter os cabelos e pele mais oleosos e os bebês em seus primeiros meses de vida”, explica a dermatologista Irene Baldi.
Para ela, além dos banhos quentes e demorados, outros fatores podem agravar a doença, como o calor, a umidade, o estresse emocional e o uso de roupas que retêm suor. “Quadros neurológicos como Parkinson e a infecção pelo vírus HIV, são fatores relacionados à piora do quadro, por isso, situações graves e resistentes ao tratamento devem levantar suspeita para infecção pelo HIV”, alerta.
Outra doença bastante comum nesta época é a dermatite atópica. Apesar de esta ser uma doença inflamatória crônica e recorrente, o ressecamento da pele acaba piorando no inverno e agravando os sintomas da doença, que se manifesta por placas avermelhadas que coçam e descamam. Para evitar a piora do quadro é importante evitar a exposição a fatores desencadeantes, como produtos de limpeza, produtos que tenham muito perfume, poeira e situações de estresse. “Além do acompanhamento com dermatologista em qualquer fase da doença, os pacientes devem usar sabonetes e hidratantes específicos. O uso de anti-histamínicos por via oral pode ajudar com a coceira que acompanha essa doença”, indica Irene.