Você sabia que a maioria das pessoas que morrem de câncer no mundo vive em países de média e baixa renda, mas que 80% das pesquisas contra o câncer acontecem em países ricos? Essa disparidade, evidenciada por estudos publicados em revistas como a JAMA Oncology e o CA: A Cancer Journal for Clinicians, limita o acesso de milhões às inovações médicas.
Os números da desigualdade
- 80% das pesquisas contra o câncer e 92% dos estudos avançados (fase III) estão concentrados em países ricos.
- Países de baixa renda, que abrigam 83% da população mundial, realizam apenas 20% das pesquisas clínicas.
- Apenas 29% dos pacientes em países mais pobres têm acesso a estudos clínicos, enquanto 71% estão em nações ricas.
Essa desigualdade significa que, enquanto muitos têm acesso a terapias experimentais que podem salvar vidas, outros sequer sabem da existência desses tratamentos.
Falta de apoio à pesquisa em países de baixa renda
Outro fator preocupante é que a maioria dos investigadores principais (PI) estão em países ricos. Nessas regiões, também se concentram as patentes e inovações médicas, deixando milhões à margem dos avanços da ciência.
Como mudar essa realidade?
Mudar esse cenário exige esforços globais, como:
- Investimentos em pesquisas em países de baixa renda.
- Formação de pesquisadores locais.
- Parcerias entre instituições internacionais para compartilhamento de recursos.
- Maior divulgação sobre a importância de participar de estudos clínicos.
Por que isso importa?
O câncer não escolhe classe social, país ou condição econômica. Contudo, as chances de sobreviver à doença variam muito conforme o local de moradia. Torna-se urgente garantir que a ciência seja acessível e inclusiva, permitindo que todos tenham as mesmas oportunidades de acesso às inovações médicas.
A luta contra o câncer é um desafio global que exige colaboração. Vamos construir um futuro onde a ciência seja uma ferramenta de transformação para todos, e não apenas para alguns.