O último mês do ano tem uma bandeira: e é laranja. Inspirado na cor do sol, o Dezembro Laranja é o mês da conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer da pele, que, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), é o tipo mais frequente no Brasil.
A campanha tem como principais objetivos proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento, contribuir para a redução da mortalidade e alertar a população em geral dos fatores de risco da doença. No Espírito Santo, até o final deste ano, são previstos mais de 1400 novos casos de câncer da pele, de acordo com o Inca.
A dermatologista da Medquimheo, Mary Lane Nemer, explica que o tipo mais comum da doença – o câncer da pele não melanoma – tem letalidade baixa, porém preocupa devido sua alta incidência no país. A especialista também ressalta que quanto mais cedo o diagnóstico, maior a possibilidade de cura da doença. “As pessoas precisam, além de usar filtro solar todos os dias, ficar atentas quanto a sinais ou pintas que mudam de forma ou cor, feridas que não cicatrizam em até 4 semanas e a manchas que coçam ou sangram, que estão entre os principais sintomas desse tipo de câncer”, alerta a médica.
Formas de prevenção e fatores de risco
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), evitar a exposição excessiva ao sol e proteger a pele dos efeitos da radiação UV são as melhores estratégias para prevenir o melanoma e outros tipos de tumores na pele. Como a incidência dos raios ultravioletas está cada vez mais agressiva, as pessoas de todos os fototipos devem estar atentas e se protegerem quando expostas ao sol.
A dermatologista também explica que os fototipos I e II são os que apresentam maior risco de desenvolverem a doença. “Os grupos de maior risco para o câncer da pele são as pessoas de pele clara com sardas, cabelos claros ou ruivos e olhos claros. Além disso, é importante destacar que as que possuem histórico familiar da doença e muitas pintas, devem ter cuidados redobrados”, explica a especialista.
Atenção para o bronzeamento artificial
A dermatologista traz um alerta para uma prática cada vez mais comum em nosso estado: o bronzeamento artificial. Isso porque, as câmaras de bronzeamento artificial trazem riscos comprovados à saúde e foram reclassificadas como agentes cancerígenos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), no mesmo patamar do cigarro e do sol. Vale ressaltar que essa prática antes dos 35 anos de idade aumenta em 75% o risco de câncer da pele, além de acelerar o envelhecimento precoce.