E ele chegou: o famoso dia 1º de abril. O Dia da Mentira. Na data, não é nada difícil encontrar pessoas que brincam por meio de ‘pegadinhas de histórias falsas’, com tom de piadas e histórias engraçadas para pregar peças e brincar com amigos e familiares.
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Mas você já parou para pensar no que acontece com o cérebro ao mentir? Segundo Fabiano de Abreu, Pós PhD em neurociências, nosso cérebro utiliza diversas áreas para mentir e tornar a fala acreditável.
Fabiano explica que são necessárias algumas etapas para contar uma mentira e ela começa com a decisão de mentira. Um segundo passo é formular uma mentira que parece verdadeira e por fim, aparentar verdade.
“Para a primeira tem ligação direta com o córtex pré frontal, ventromedial e orbitofrontal, áreas do cérebro responsáveis pela análise de valores para tomar uma decisão, nesse caso, a decisão de omitir um fato e substituí-lo por algo mais favorável”, explica.
O neurocientista pontua que a segunda parte do processo é a mais complexa de todas uma vez que utiliza regiões do cérebro que levam a analises de memórias, emoções e ainda somam a isso “pitadas de racionalidade na nova narrativa, deixando-a mais crível”.
“Para finalizar, é necessário passar a imagem de verdade, para isso, a área mais utilizada é o córtex cingulado anterior, responsável pelo autocontrole para ‘domar’ o sistema límbico, que está relacionado à culpa por contar a mentira e pode gerar sinais físicos de nervosismo”, afirma Fabiano sobre informações contidas em um estudo realizado sobre a “Mitomania”.
O que é a mitomania?
Trata-se de um transtorno. Ele atinge crianças e adultos gerando uma compulsão por contar mentiras, mesmo que elas não estejam relacionadas a quaisquer benefícios.
A mitomania pode levar à inúmeras consequências para a vida social do indivíduo. Um outro ponto é que pode estar associado a outras condições, como personalidade antissocial, ansiedade e hiperatividade.
O mais importante disso tudo? Ao pensar que uma mentira pode ser o caminho mais simples para determinada situação, lembre-se que seu cérebro trabalha muito mais contando uma mentira, do que contando a verdade.
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