Nesta terça-feira (1º) é comemorado o Dia do Idoso, que segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) são as pessoas com 60 anos ou mais.
Segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria, um em cada quatro idosos cai pelo menos uma vez por ano, e 70% das quedas acontecem dentro de casa.
Por descuidos, podem escorregar, ou até mesmo pela falta de barras para se segurarem no box do banheiro durante a hora do banho. Os últimos números do Ministério da Saúde são de 2017, quando, no Espírito Santo, 470 idosos morreram em consequência de quedas.
Aos 89 anos, Conceição da Silva Rosa é uma avó conectada. Sua maior diversão é o computador, onde joga cartas com amigos através da internet. “Quando dá tempo eu fico jogando. Agora mesmo já está na hora de eu jogar. Tem vezes que eu falo uns palavrõezinhos e meu filho fala que, quem passar na rua, deve pensar que estou brigando com alguém (risos)”, contou.
Uma pequena mesa permite que ela não fique com as pernas penduradas, mas a cadeira não é a ideal. “Eu mudaria para uma cadeira mais segura, que não tivesse essas rodinhas. Com as rodas, na hora dela levantar, se ela apoia na cadeira para dar suporte, a cadeira pode se deslocar e ela (idosa) perder o equilíbrio”, afirma o fisioterapeuta Pablo Pompermayer.
No quarto de Conceição, o especialista observou que o interruptor é longe da cama. “O que seria ideal é que ela tivesse uma iluminação próxima à cabeceira da cama. Ela senta, acende a iluminação e depois se desloca no quarto”, disse Pompermayer.
Outro alerta é sobre a altura dos cabides no guarda-roupa. “Quando a senhora vai tirar o cabide, levanta o braço e olha para cima, o que aumenta a chance de perder o equilíbrio para trás. Então, o ideal é abaixar um pouco o cabideiro, para ficar com menos extensão da cabeça, da cervical, diminuindo a chance dela cair”, orienta o fisioterapeuta.
Na cozinha, Pompermayer também observou detalhes que podem ser perigosos. “Normalmente, na cozinha, a gente tenta colocar os utensílios que mais são usados na altura do tronco, que ela não precisa fazer a extensão do tronco e nem a flexão do tronco. E também tem que tomar cuidado com tapetes de cozinha, que devem ser bem fixos”.
Outra observação que o fisioterapeuta fez na casa da dona Conceição foi com relação ao piso, principalmente na área externa, que quando molha fica escorregadio. “O ideal seria trocar o piso todo, mas tem outras formas de prevenir que esse piso não fique escorregadio, principalmente na área externa, que normalmente é molhado. São fitas de antiderrapantes que são coladas na cerâmica e promover essa ação que a gente precisa na casa dos idosos”.
Conceição diz que nunca caiu, e que todos os dias faz caminhada e procura ter uma alimentação saudável. O especialista diz que essa é a melhor dica. “Atividade física mantém a musculatura mais íntegra. E aí, se o idoso tropeçar, ele tem poder de reação para manter o equilíbrio”.
Ela, por sua vez, não perdeu a piada. “Diz que idoso cai. Estou esperando ficar idosa para poder cair”.
Com informações do repórter Laércio Campos, da TV Vitória/Record TV!