22 de março. Dia Internacional da Síndrome de Down. Existem determinados cuidados alimentares que todo pai ou cuidador de criança com Down deve saber para garantir melhor desenvolvimento dessa criança e melhor qualidade de vida. Não existe ainda no País uma estatística específica sobre o número de brasileiros com síndrome de Down.
Mas a estimativa tem como base que 1 para cada 700 nascimentos possuem a síndrome de Down.
O médico, Wesley Schunk disse que as crianças com essa Síndrome são mais propensas a obesidade, portanto o primeiro grande alerta é sobre a quantidade de alimento que deve ser ofertado para eles e é claro a qualidade do alimento. A obesidade é a porta de entrada para diversas doenças como a hipertensão, diabetes e o colesterol alto. “Os pais e responsáveis devem evitar, e se possível, retirar os alimentos industrializados do cardápio dessas crianças. Devem sempre preferir produtos naturais e um cardápio colorido e variado”.
O cuidado com a alimentação deve começar desde os primeiros meses de vida. A empresária Patrícia Silva faz uma alimentação equilibrada com o pequeno Pedro desde a amamentação, mas em ocasiões especiais, como festinhas, ela libera o doce e o que estiver sendo servido, porém não faz parte da rotina dele a alimentação inadequada.
Alimentação rica em vitaminas
De acordo com Wesley, outro ponto de atenção importante é que as crianças com a síndrome devem ter uma alimentação rica em vitaminas e substâncias antioxidantes. Isso porque o organismo delas sofre mais ação de oxidantes que aceleram o envelhecimento das células. “Deve-se investir no consumo das frutas vermelhas e cítricas, aveia e cozinhar utilizando açafrão. Esses alimentos contém boas quantidades de antioxidantes que ajudarão ao organismo desses pequenos a repor suas necessidades”, disse.
Atividade física
Outro ponto que requer atenção e não pode ser menosprezado pelos pais é a necessidade de incluir, desde pequeninos a atividade física na rotina dessas crianças. O exercício colabora, e muito, no desenvolvimento do portador da síndrome de Down. “Deve-se começar desde cedo, pois ajuda a melhorar a circulação sanguínea, a postura, ajuda a acelerar o metabolismo, que no portador da síndrome já é mais lento, além de ser uma vertente para promover a inclusão social”, disse o educador físico, Jhonny Costa.
O profissional ainda disse que não existe uma atividade específica para essas crianças, seus gostos devem ser respeitados, eles podem fazer o que quiserem, desde que bem orientados. Natação, bale, surfe, futebol e tantos outros.
“Assim que atingir a adolescência a musculação é muito indicada e fundamental, pois beneficia o desenvolvimento e promove uma redução de gordura corporal com relação ao aumento de massa muscular. Devido ao quadro clínico do Down, que desde o nascimento convive com a falta de tônus muscular e está sujeito a cardiopatias, a musculação tem um papel importante na saúde do indivíduo, além de estimular o desenvolvimento físico-motor”, disse.