Saúde

Câncer: diagnóstico precoce amplia possibilidade de cura em 95%

A doença não escolhe quem irá atingir, e por isso, exames preventivos são essenciais. No mês de abril é comemorado o dia mundial de combate à doença

Foto: Divulgação

O Dia Mundial de Combate ao Câncer é comemorado no dia 8 de abril, mas é ao longo de todo o ano que os cuidados para evitar a doença devem permanecer. Por se tratar de uma patologia em que não se sabe quando e quem irá atingir, exames e visitas periódicas aos médicos são essenciais. Isso por que, segundo especialistas, o diagnóstico precoce amplia a possiblidade de cura em 95%.

A enfermeira Bianca Magalhães trabalha com orientação à saúde da mulher. Ela sempre abordou a importância do tratamento precoce contra o câncer, mas nunca imaginou que um dia fosse diagnosticada com a doença.

“Eu simplesmente acordei e tive um desconforto, uma dorzinha muito discreta. Realmente senti que tinha alguma coisa de diferente. Nisso apalpei o peito, como estou acostumada a fazer o autoexame, e fiz contato com minha ginecologista. Quando eu recebi o resultado, eu estava trabalhando e realmente veio o que a gente estava imaginando: um carcinoma invasivo”, contou Bianca.

A descoberta da doença ainda em fase inicial fez com que as chances de cura da aumentassem. Bianca, ainda assim, passou por momentos difíceis, como quando precisou raspar o cabelo.

O câncer é a segunda principal causa de morte no mundo, atrás apenas das doenças cardíacas. Os mais frequentes na população, são os mais fáceis de serem descobertos logo no início: os de mama e de próstata.

Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontam que o Brasil deverá ter 625 mil casos de câncer por ano, entre 2020 e 2022.

“Os dois cânceres mais comuns, na mulher o câncer de mama e no homem, de próstata. Então, se você fizer os exames periódicos anuais, você vai descobrir em fase inicial, geralmente, e com uma chance de cura de mais de 95%. Por isso a importância da realização dos exames e você ir no seu médico anualmente”, explicou a oncologista Cíntia Givigi.

Não há um padrão para o câncer. A doença pode aparecer em qualquer parte do corpo e agir de formar diferentes em cada pessoa, podendo ser mais agressiva ou não. A estudante Íris Ramos tem 13 anos e foi diagnosticada com câncer no pulmão. Marta Raquel, mãe da adolescente lembras como desconfiou de que algo não estava bem com a filha.

“O primeiro sinal que ela deu, do rosto inchado, tórax já inchado, nós já corremos para conferir o que estava acontecendo. Tivemos que fazer um raio-x e ali apareceu a massa”, lembrou.

Atualmente, a estudante está na fase de observação. A mãe acompanha tudo de perto. “Nós começamos a fazer a quimioterapia e, após isso, a radioterapia. Foi um processo rápido, foi uma descoberta rápida também. Por isso que é importante nós mantermos todos os exames em dia, fazer as visitas ao pediatra constantemente”, afirmou.

Para quem luta contra a doença, ressignificar a própria vida faz parte de todo o processo de cura. Bianca não tem dúvidas de que o segredo está no cuidado com a saúde mental. 

“Se sua cabeça tá boa, se você consegue manter o nível de consciência bom, você consegue levar com muito mais facilidade o tratamento. E esse nível de consciência, eu quero levar depois. Eu quero levar essa serenidade, esse equilíbrio emocional e valorizar essas pequenas coisas que eu acho que são muito importantes”, declarou Bianca.

*Com informações do repórter Lucas Henrique Pisa, da TV Vitória/Record TV