Saúde

Dia Mundial do Rim: saiba quais os principais fatores de risco para a Doença Renal Crônica

A data foi criada pela Sociedade Internacional de Nefrologia (ISN)para promover uma campanha mundial pela saúde dos rins

Foto: Divulgação

Nesta quinta-feira (9) é comemorado o Dia Mundial do Rim. A data foi criada pela Sociedade Internacional de Nefrologia (ISN) para promover uma campanha mundial pela saúde dos rins, informando a população sobre o assunto e incentivando práticas saudáveis de vida. 

Segundo especialistas, comorbidades como diabetes, hipertensão arterial e doenças autoimunes, a exemplo do Lúpus, estão entre as principais causas da Doença Renal Crônica (DRC), um problema de saúde que leva à perda progressiva e irreversível dos rins. 

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No Dia Mundial do Rim, especialistas fazem um alerta para ressaltar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce dessa doença. 

“Os principais fatores de riscos para a doença renal crônica são o mau controle das doenças de base, como hipertensão arterial, diabetes melittus, obesidade e o uso indiscriminado de medicações, principalmente os anti inflamatórios não esteroidais”, pontua a nefrologista Laís Ceccatto, da Unimed Vitória. 

Segundo a médica, doenças hereditárias como cálculo renal, hiperplasia prostática benigna, câncer de vias urinárias e infecção crônica dos rins, também podem ser fatores desencadeadores da DRC. 

O nefrologista André Luiz Potratz lembra que, além da Doença Renal Crônica, as doenças provocadas por Injúria Renal Aguda também são muito comuns. 

Elas são provocadas pela desidratação decorrente da falta de ingestão de água e também de períodos de náuseas e diarreias; por infecções graves e, mais uma vez, pelo uso de alguns tipos de medicamentos, como o contraste aplicado na veia para a realização de exames de imagem e os antinflamatórios. 

Principais medidas de prevenção

 – Beber bastante água;
 – Evitar o uso indiscriminado e não supervisionado de antimicrobianos ou anti-inflamatórios;
 – Ir ao médico regularmente para a realização de exames de rotina;
 – Tratar comorbidades como hipertensão e diabetes;
 – Evitar uma alimentação rica em sódio e açúcares e produtos multiprocessados;
 – Evitar fumar e ingerir bebidas alcoólicas; 
 – Praticar exercícios físicos regularmente;

A médica Laís Ceccatto reitera a importância das visitas regulares aos médicos de família e a realização do exame de creatinina, cuja alteração pode indicar a necessidade de atenção aos rins. 

“Como as duas principais causas de doença renal crônica são a hipertensão arterial e o diabetes mellitus, são os médicos que trabalham na área de atenção básica à saúde, que cuidam destes pacientes, que devem ficar atentos para dosar a creatinina por meio dos exames de sangue, a fim de fazer um acompanhamento”, afirmou ela. 

“Os portadores de disfunção renal leve apresentam quase sempre evolução progressiva, insidiosa e assintomática, dificultando o diagnóstico precoce. A capacitação, a conscientização e a vigilância do médico são essenciais para o diagnóstico e encaminhamento ao nefrologista”, concluiu a médica.