No próximo dia 25 comemora-se o Dia Nacional da Adoção. Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), mais de 6 mil crianças e adolescentes brasileiros estão em abrigos esperando uma família.
“Eu sempre digo que há o mito de que o amor de mãe é algo inato, e isso não é verdade. O amor é uma construção e, por isso, qualquer pessoa pode decidir exercê-lo. Isso traz esperança de que essas crianças possam ainda ser adotadas por famílias que desenvolvam um amor incondicional por elas”, explicou a psicóloga e psicanalista Cássia Rodrigues.
Vale destacar que muitas famílias acabam optando pela adoção por conta de complicações da mulher ao tentar engravidar. “É muito importante que essa família passe pelo processo de análise. Os pais já devem começar quando pensarem na adoção, e depois essa criança ou adolescente também deve ser inserido. Só assim os pais não vão colocar sob ele a expectativa que tiveram de ter um filho. O menor precisa ser respeitado e amado em sua individualidade. Só assim ele será um adulto feliz”, acrescentou.
Aspectos fisiológicos
Algumas mulheres carregam o sonho de poder gerar o bebê, mas, por diversos motivos, não têm condição fisiológica favorável para isso. A ginecologista Letícia Piccolo explica que fatores como a síndrome do ovário policístico (que faz com que a mulher não ovule), problemas nas trompas (causado pela endometriose) e idade avançada (sendo este, o principal fator) podem impedir a mulher de engravidar. “Infelizmente, as mulheres que buscam ajuda são mais velhas, o que dificulta um pouco a situação na hora de ajudá-la a engravidar, porque o quantitativo está baixo, e principalmente, a qualidade dos óvulos nessa fase da vida já não é mais a mesma. As principais mulheres que fazem tratamento já estão com 40 anos e isso dificulta muito o processo”, explicou.