Saúde

Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos: saiba quais têm mais risco para os idosos

A automedicação é uma prática perigosa e gera sérios riscos à saúde. O uso indevido pode provocar intoxicação, dependência e até mesmo levar à morte

Foto: Reprodução/Freepik

Nesta sexta-feira, 5 de maio, é comemorado o Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos. A data serve como um alerta para a população se conscientizar da importância de não usar remédios sem a devida prescrição médica. 

A automedicação é uma prática perigosa e gera riscos à saúde. Ingerir essas substância de forma inadequada pode além de provocar intoxicação, levar quadros de dependência até mesmo à morte.

> Quer receber nossas notícias 100% gratuitas pelo WhatsApp? Clique aqui e participe do nosso grupo de Saúde!

Para determinados públicos, como os idosos, por exemplo, os cuidados são ainda maiores. Principalmente pelo fato de, maneira geral, fazerem uso de um número maior de medicamentos no dia a dia e, portanto, estarem sujeitos aos efeitos colaterais de um mau uso.  

Inclusive, pesquisas realizadas no Brasil e fora do país, indicam que alguns tipos de medicação exigem mais cautela do público idosos. 

Entre eles, antipsicóticos, alguns antialérgicos e benzodiazepínicos, podendo gerar mais risco de morte, bem como sonolência profunda e predisposição a quedas e fraturas que reduzem a qualidade e o tempo de vida.

“É preciso pensar a saúde de forma integral e isso vale para a saúde do idoso. Os remédios bem administrados são fundamentais para uma vida mais longa, saudável e feliz, mas é preciso cuidado. Adotar hábitos mais saudáveis em relação à higiene do sono, por exemplo, pode ajudar a suspender aos poucos a necessidade de certas medicações para dormir. Meditação, acompanhamento psicológico e relações sociais compensadoras também são estratégias importantes para manter e recuperar a saúde”, explica Roni Mukamal, médico geriatra e superintendente de medicina preventiva da Medsênior.

O que é “desprescrição”

O especialista disse ainda que um dos temas abordados no Congresso Nacional de Geriatria e Gerontologia, realizado no final de março, diz respeito à redução do número de medicamentos utilizados por idosos, a chamada “desprescrição”.

“É um tema importante levando em conta a necessidade de sempre pesar benefícios e efeitos colaterais das medicações. Mas o fundamental é frisar que se trata de um processo que exige muita cautela e que, de forma alguma, pode ser uma decisão do paciente, sem acompanhamento médico. É um trabalho minucioso e próximo do paciente e de sua família que precisa ser bem conduzido e levar em conta a resposta e especificidade de cada tratamento e indivíduo”, relata.

Conheça os cuidados com a medicação do idoso

1. Tenha cuidado com a automedicação

Além dos riscos com o uso de um medicamento inadequado, há problemas relacionados a mascarar doenças, dificultar tratamentos e diagnósticos. Há ainda, neste caso, o risco da interação medicamentosa, já que muitos idosos costumam usar vários tipos de medicamento.

Esteja atento também aos “remedinhos caseiros” que nem sempre são inofensivos como parecem.

2. Observe os horários da medicação do idoso

Na terceira idade, as pessoas costumam precisar de mais medicamentos e respeitar o horário é extremamente importante para a eficácia do tratamento. Organização é fundamental para evitar atrasos e erros. 

Uma dica é fazer uma tabela legível com o nome do medicamento, o horário e a dosagem a ser administrada. Vale também usar acessórios como porta-comprimidos se a quantidade e a dosagem semanal for pequena.

3. Atenção à dosagem

Posologia é a forma como o remédio deve ser administrado pelo paciente. Ou seja, ela indica quantas vezes por dia e qual a quantidade certa a ser ingerida. Esta informação deve estar descrita na prescrição do médico e precisa ser respeitada. A alimentação também é um ponto de atenção. 

É importante observar se o medicamento deve ser ingerido antes ou depois das refeições, pois alguns princípios ativos sofrem interferência por causa do que se come.

4. Descarte os medicamentos vencidos

Algumas pessoas acreditam que não há problema em ingerir medicamentos com a data de validade expirada. Isso é um erro grave e pode ter consequências bastante sérias.

5. Mantenha as embalagens e bulas

Nada de tirar o remédio da embalagem e jogá-la fora! Em sua embalagem original e acondicionados de acordo com as orientações, eles não sofrem alterações em virtude do calor, ou de agentes externos como umidade e poeira. Ou seja, remédio na embalagem até o fim do uso garante a durabilidade e eficácia das substâncias.

Além disso, a bula é o local em que estão descritas todas as informações sobre o produto, inclusive sua composição e possíveis reações.

LEIA TAMBÉM: Tem remédio vencido em casa? Saiba onde descartar no ES