Os diabéticos cuja doença não é controlada estão mais suscetíveis a ter complicações em quadros clínicos de saúde, ao desenvolverem uma infecção provocada pela bactéria Staphylococcus aureus, resistente a antibióticos e, por isso, classificada como superbactéria.
A conclusão é de um estudo realizado por cientistas da Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, e publicado na sexta-feira (13), na revista Science Advances.
Os pesquisadores descobriram que organismos ricos em glicose, como ocorre em pacientes com a doença, parecem ser “o ambiente perfeito” para que a superbactéria ative suas características mais virulentas.
De acordo com o artigo, a falta de insulina impede o sistema imunológico de responder à infecção. Um dos autores do estudo, o professor Anthony Richardson, do departamento de microbiologia e genética molecular explica que uma ferida ou corte em um paciente com diabetes deve ser tratado agressivamente. “O sistema imunológico precisa de ajuda para reconhecer e eliminar a infecção antes que ela se instale”, observou.
A doença atinge cerca de 9% da população brasileira, algo em torno de 19 milhões de pessoas. No entanto, o Ministério da Saúde estima que metade dos diabéticos no país desconheça o diagnóstico.
As complicações causadas pela doença variam, mas podem incluir cegueira e até mesmo amputação dos membros inferiores devido a úlceras diabéticas. Segundo a Associação Americana de Diabetes, a Staphylococcus aureus pode estar associada a esses tipos de infecções, especialmente em pessoas com diabetes descontrolado.
*Com informações do Portal R7!