Ter uma alimentação saudável é fundamental para manter o organismo funcionando de forma saudável, evitar doenças e manter equilíbrio do corpo e da mente. Incorporar no cotidiano hábitos saudáveis de alimentação é um pedido médico realizado por muitos especialistas. “Cuidar da saúde deve ser uma constante, bem como zelar por ela de forma preventiva. Sabemos que uma alimentação balanceada combate doenças e colabora de forma essencial para o bem-estar, disposição e imunidade do indivíduo”, avalia o vice-presidente de Saúde e Odonto da SulAmérica, Maurício Lopes.
Dicas
Dê preferência a alimentos frescos, evite temperos industrializados, carnes embutidas, sopas prontas e produtos com altos índices de sódio. Para substituir os lanches industrializados ao longo do dia, o consumo de frutas e oleaginosas, como castanhas, é recomendável para manter a energia.
Ao escolher o que será consumido, é fundamental ler a embalagem dos produtos e pesquisar sobre sua composição. Isso porque alguns alimentos que parecem saudáveis são, na verdade, repletos de sódio, corantes, açúcar refinado, conservantes e gorduras saturadas. É o caso de sucos de caixinha, barrinhas de cereais, peito de peru, bolachas que se dizem integrais e temperos prontos. Vale lembrar que os ingredientes que aparecem primeiro nos rótulos dos produtos são os que estão presentes em maior quantidade.
Já sobre o consumo de açúcar, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou, em 2015, recomendações de redução, para que adultos e crianças tenham uma vida mais saudável e previnam doenças. De acordo com a organização, a quantidade de açúcar livre – monossacarídeo (como glicose e frutose) e dissacarídeo (como sacarose) – não deve passar de 10% do consumo diário de energia de uma pessoa. No entanto, a entidade também indicou que novos estudos demonstram que a redução para menos de 5% – o equivalente a seis colheres ou 25 gramas por dia – proporciona benefícios ainda maiores para a saúde.
Obesidade
Uma das principais complicações provocadas ou intensificadas pela alimentação inadequada é a obesidade, caracterizada pelo excesso de gordura corporal e considerada fator de risco para doenças cardiovasculares, depressão, hipertensão, diabetes, refluxo gastroesofágico, artrose e alterações pulmonares. No Brasil, 56,8% dos brasileiros estão acima do peso e, destes, 18,9% são obesos.
No mês em que se comemora o Dia Mundial de Combate à Obesidade, é preciso refletir sobre o tema, que é um dos maiores problemas de saúde pública do mundo e o segundo principal fator de risco para a carga global de doenças. Por meio de mudanças no estilo de vida, adotando uma alimentação equilibrada, acompanhamento profissional da saúde, e a prática de atividades físicas, é possível se manter no peso ideal.
Planejar o preparo das refeições com antecedência, combinar adequadamente os itens que serão ingeridos, cozinhar de forma que os nutrientes sejam mantidos, evitar alimentos ultraprocessados e substituir a versão refinada dos alimentos por integral são práticas eficazes para uma nutrição saudável.
AVALIAÇÃO
Para avaliar a obesidade e o excesso de peso, leva-se em consideração o Índice de Massa Corporal (IMC), estimado pela relação entre o peso e a altura do indivíduo, expresso em kg/m2. Por exemplo, se a pessoa mede 1,70 e pesa 80Kg, seu IMC será de 27,7. De acordo com os números de referência do Ministério da Saúde, adultos entre 20 e 60 anos que apresentam o IMC acima de 30 são considerados obesos.
Além de classificar o indivíduo em relação ao peso, o IMC também é um indicador de riscos para a saúde e tem relação com várias complicações metabólicas.
Quando diagnosticado com obesidade, o tratamento é muito importante para reduzir o agravamento da doença e também o desenvolvimento de comorbidades, como diabetes e hipertensão. O acompanhamento envolve a atuação de uma equipe multidisciplinar, que inclui médicos, nutricionistas, psicólogos, entre outros.