As doenças crônicas não transmissíveis são as principais causas de adoecimento e morte no mundo. A tendência se repete no Brasil, e no Estado do Espírito Santo a situação não é diferente. Só no ano de 2018, até novembro, o Ministério da Saúde registou 8.342 óbitos de pessoas que estavam internadas por doenças crônicas.
“As doenças cardiovasculares, os casos de cânceres, diabetes e de problemas respiratórios são a maior causa de morte no Brasil e no Estado. As causas para o aparecimento dessas doenças são as mais variáveis, vão desde fatores genéticos, a alimentação e estilo de vida inadequado”, disse o médico clínico geral da Intermed Saúde, Eduardo Ribeiro.
Aqui no estado, mais de 220 mil pessoas foram internadas em hospitais pelos mesmos motivos. Isso só no ano de 2018. Esse tipo de complicação de saúde causa 41 milhões de mortes por ano no mundo — o que equivale a 70% de todos os falecimentos. De acordo com a agência da ONU, 85% desses óbitos ocorrem em países em desenvolvimento.
“As doenças crônicas mais prevalentes são a hipertensão, os problemas de coluna, o diabetes, artrite e reumatismo, depressão e a asma”, afirmou.
De acordo com o médico, todo paciente crônico deve realizar tratamentos paliativos específicos para o seu tipo de enfermidade. “O cuidado paliativo funciona como um acesso que melhora a qualidade de vida dos pacientes e das famílias no enfrentamento da doença com risco de vida. Pacientes com problemas pulmonares podem sofrer com falta de ar e cansaço. Os cuidados paliativos podem prevenir ou adiar esses sintomas, promovendo qualidade de vida ao portador da doença”, disse.
Ele ainda acrescentou que toda pessoa que possui qualquer doença crônica deve manter em dia suas consultas e medicações. “Essa ainda é a melhor maneira de garantir maior sobrevida e principalmente qualidade de vida para esses pacientes”, garantiu.
A comerciante Neide dos Santos, conta que o pai dela foi internado por diabetes duas vezes em 2018. O senhor, Mario dos Santos, teve que passar algumas noites internado, mas teve boa evolução e foi para casa.
Já a aposentada Leonilza Lyrio, tambpem teve episódios agravados da mesma doença, a diabetes, porém não foi necessária a internação. “Cheguei a parar no hospital com taxas elevadíssimas. Sou indisciplinada com a alimentação, mas consegui melhorar bastante após o susto”, disse.
De acordo com os últimos números disponibilizados pelo Ministério da Saúde, no Estado do Espírito Santo as principais causas de internação por doença crônica no último ano foram:
DIABETES MELLITUS (DM): no Ano de 2018 o ES teve 2.018 por essa doença.
DOENÇAS CARDIOVASCULARES (DCV): Em 2018 o ES teve 6.408por doença cardiovascular.
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC): 828 pessoas foram internadas pela doença.
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC): foi responsável por internar 1.226 paciente no ES.
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA (IRC): Em 2018 o ES teve 2.109;
DOENÇA DE ALZHEIMER (DA) E DOENÇA DE PARKINSON (DP): A taxa de mortalidade por essas doenças foi a 2ª maior 8,33% dos pacientes que internam por essas doenças vieram a óbito.
Fonte de Dados: Ministério da Saúde – Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), extraídos da Plataforma Tabnet do DataSUS