Certamente você já ouviu falar em diabetes, obesidade, hipertensão, doenças cardiovasculares, câncer e doenças respiratórias. A pergunta é: você é portador de alguma dessas enfermidades? Populares atualmente, essas doenças tem sido a causa da morte precoce de 41 milhões de pessoas por ano, no mundo. Contudo, a frase, que pode parecer clichê: prevenir é melhor que remediar, poderia reduzir os óbitos em 80%.
Pesquisadoras brasileiras, buscaram uma maneira de tornar a prevenção mais acessível à população por meio do livro “Doenças Crônicas- Saiba como Prevenir“. As autoras da obra Vanessa Pirolo e Eliana Pirolo analisaram as estatísticas com referência à saúde da população brasileira e identificaram que é muito mais fácil evitar adoecer do que tratar a doença.
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Dados do Ministério da Saúde, publicados em agosto de 2018, mostram que, em 2016, doenças cardiovasculares, câncer, diabetes e doenças respiratórias crônicas responderam por 421 mortes a cada 100 mil habitantes. De acordo com as Nações Unidas, 85% desses óbitos ocorrem em países em desenvolvimento.
Como prevenir?
Apesar das doenças estarem relacionadas ao estilo de vida, fatores genéticos também são responsáveis pelo seu surgimento. Contudo, em qualquer um dos casos, a prevenção atua de maneira significativa no controle e combate das enfermidades.
A prevenção começa na pré concepção
De acordo com a Eliana Pirolo, Doutora especialista em saúde da mulher, o exame físico na pré-concepção é o mesmo do controle periódico de saúde (as mulheres devem fazer anualmente).
O exame físico atua na observação da tireoide, pele, mamas, coração, pulmões e avaliação pélvica incluindo a verificação de doenças sexualmente transmissíveis (gonorreia e clamídia) e avaliação da arcada dentária. Este último, tem sido determinante, pois problemas periodontais estão sendo protagonistas de nascimentos prematuros. Neste caso, as doenças já estão geneticamente no bebê.
“As mulheres não podem deixar de fazer uma série de exames laboratoriais antes de engravidarem, pois o que se preconiza é evitar qualquer tipo de infecção que acometa a gestante e afete o embrião, dentre eles: rubéola, varicela (que não tiveram a doença), hepatite B, hemograma completo, Anti-HIV (AIDS), glicemia de jejum e sorologia para toxoplasmose (doença infecciosa causada pelo protozoário Toxoplasma gondii encontrado nas fezes de gato e de outros felinos)”, destacou a médica.
Vacinas
A Doutora destaca que é importante lembrar que as mulheres deverão ser imunizadas pelo menos um mês antes da concepção com as seguintes vacinas contra: rubéola, varicela-zoster e hepatite. “Mulheres grávidas são mais suscetíveis às complicações da influenza, por isso em tempos de maior risco, preconiza-se a vacinação das gestantes”, destacou.
Alimentação
Alimentação saudável e balanceada é um dos principais fatores quando o assunto é prevenção de doenças. Você provavelmente já escutou algum especialista da saúde dizer que ela precisa estar nos pilares de quem quer envelhecer com saúde, e não é por acaso. Nossos hábitos alimentares afetam diretamente o funcionamento do organismo e a manutenção da nossa saúde.
De acordo com a representante de 35 associações de diabetes em políticas públicas junto ao Governo Federal pela ADJ Diabetes Brasil, Vanessa Pirolo, nenhum alimento tem o poder de garantir o não desenvolvimento de um tipo específico de doença. Mas, alguns concentram nutrientes que auxiliam na redução desses riscos.
“No livro nós oferecemos dicas de alimentação saudável, que podem ajudar a prevenir as doenças crônicas. Sugerimos que as pessoas utilizem óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos. Faça dos alimentos in natura ou minimamente processados a base de sua alimentação. Limite o consumo de alimentos ultra processados e embutidos”, destacou.
Atividade física
Vanessa Pirolo alerta que a prática regular de atividade física é a melhor terapêutica não farmacológica (sem uso de remédio), de baixo custo, eficaz e eficiente quando empregada de maneira adequada, independentemente do estado do organismo.
“O tipo de atividade física para pessoas saudáveis está relacionado com a afinidade. Deve-se iniciar com exercícios que proporcionem prazer. Com isso, o praticante apresentará maior aderência e regularidade dentro dos programas. Para ficar bem condicionado, não há necessidade de atividade física intensa e desgastante; é preciso apenas que haja regularidade nos exercícios, que devem ser feitos de forma progressiva, complementando modalidades aeróbicas (andar, correr, nadar, pedalar) com as de flexibilidade (alongamento) e de força e resistência muscular (musculação)”, alertou.
De acordo com o Ministério da Saúde, 150 minutos de atividades físicas por semana, ajudam a prevenir as doenças crônicas.
