As dores orofaciais vêm se tornando um importante problema de saúde pública, devido à sua magnitude, transcendência, alta prevalência e, sobretudo, pelo impacto na qualidade de vida dos indivíduos acometidos, podendo ocasionar efeitos drásticos à sociedade, através de custos diretos relacionados aos cuidados, e custos indiretos associados às faltas ao trabalho, à queda da produtividade.
Dessa forma se faz necessário que os serviços públicos de saúde nos seus diversos níveis de atendimento venham incorporar metodologias a fim de prestar serviços relacionado ao atendimento da dor orofacial.
A Sociedade Brasileira de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial (SBDOF), tem trabalhado para tentar conscientizar a rede pública da necessidade de implantação dessa especialidade para um melhor atendimento e uma melhor gestão dos recursos públicos e visando principalmente a qualidade de vida do paciente acometido. “Porque afinal de contas dor crônica gera sofrimento extremo ao paciente”, afirma Roberto Pedras, membro da comissão de saúde pública da SBDOF.
Neste contexto, deste de 2012 a SBDOF vem trabalhando junto ao ministério da saúde, aos conselhos regionais de odontologia e algumas prefeituras, no sentido de conscientizar a coordenadoria de saúde bucal da necessidade da implantação e da capacitação do cirurgião dentista generalista, para um melhor atendimento destes pacientes.
A dor é a queixa mais comum das pessoas que procuram tratamento para disfunção temporomandibular (DTM). O custo econômico e o desgaste social agregado às necessidades das pessoas que sofrem com condição crônica dolorosa impacta negativamente em diversos países do globo, assim como no Brasil. Estima-se que a incapacidade física e emocional gerada pela dor está entre as 10 causas de maior impacto socioeconômico em países desenvolvidos e em desenvolvimento. Portanto, o investimento em políticas públicas a fim de incorporar metodologias ao atendimento da dor é imperativo, nos seus diversos níveis de atendimento.