Saúde

Sofre de dores crônicas? Veja como a alimentação pode ajudar no tratamento

Uma taça de vinho tinto durante a refeição pode beneficiar quem sente o desconforto das dores

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A dieta mediterrânea possui nutrientes e compostos bioativos presentes em alguns alimentos podem promover a redução das inflamações.

Para o paciente que convive com dor crônica – que se prolonga por um período superior a três meses –  algumas mudanças na rotina são essenciais para diminuir o quadro de inflamação, o desconforto e retomar a qualidade de vida. 

O médico especialista em dor crônica, André Félix, afirma que uma boa dieta é fundamental em um programa de manejo da dor, uma vez que os nutrientes e compostos bioativos presentes em alguns alimentos podem promover a redução das inflamações. “A adoção de uma dieta anti-inflamatória é ótima aliada e muitos estudos vêm corroborando com isso, apontando que a alimentação influi consideravelmente tanto na prevenção quanto na sua evolução”, declara.

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André Félix é médico especialista em dor crônica.

A dieta mediterrânea, por exemplo, em que a base da alimentação está no consumo de frutas, vegetais, grãos, sementes, nozes, peixes, gorduras insaturadas e vinho tinto (uma taça na refeição), pode beneficiar quem tem problemas com dores crônicas, pois, segundo o especialista, ela é rica em nutrientes e antioxidantes. 

“As nozes e castanhas, presentes na dieta mediterrânea, reduzem os radicais livres melhorando o funcionamento das células do corpo. Já as folhas escuras e o melão, graças ao magnésio, evitam as câimbras. As frutas secas também são ótimas para dor muscular. O consumo de peixes, principalmente o atum, salmão e sardinha, ricos em ômegas 3 e 9, presentes nessa dieta, também auxiliarão no combate e alívio das dores, além da melhora na qualidade de vida”, indica o médico.

No entanto, assim como alguns alimentos tornam-se parceiros daqueles que sofrem diariamente com as dores, outros podem aumentar as inflamações e acabar piorando os sintomas. Alguns exemplos são: carne vermelha, manteiga, gorduras, frituras, carboidratos refinados (como pães e massas feitos com farinha branca), alimentos ultraprocessados e lanches de fast-food. “Na dieta mediterrânea há um consumo muito maior de alimentos naturais, o que faz com que o consumo de produtos processados seja menor, o que de certa forma, ajudará o organismo como um todo”, recomenda.

André Félix explica ainda que a alimentação é um dos pilares de um tratamento multidisciplinar no combate às dores crônicas. Mas alerta que o prato não faz nenhum milagre sozinho. “Para tratar a dor crônica é preciso atacar em várias frentes – que incluem psicologia, fisioterapia, nutrição, entre outras. Por isso, só o fato de comer um alimento com propriedades anti-inflamatórias não vai significar o desaparecimento da dor. Mas a dieta é uma parte importante do processo”, conclui.