Saúde

Dores abdominais e vômito chamam atenção para sinal de diabetes em crianças

Doença atinge milhões de crianças e adolescentes a cada ano

Foto: Divulgação/ Sesa

A diabetes é uma doença crônica que afeta cada vez mais adultos no mundo. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), pelo menos 170 milhões de pessoas sofrem da doença atualmente. Em 2025, este número deverá atingir 300 milhões de pessoas.

No Brasil, cerca de 10 milhões de pessoas têm diabetes e metade delas desconhece sua condição. Este número atinge também crianças e adolescentes. Conforme dados do Instituto Albert Einstein, 20 de cada 100 mil crianças e adolescentes podem desenvolver Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1), a cada ano.

Pediatra e especialista em saúde infantil, Jovarci Motta, explica que os tipos de diabetes mais comuns em crianças são o tipo I, decorrente de uma ausência na produção de insulina pelo pâncreas, e o tipo II, este último resulta inicialmente de uma resistência ao hormônio insulina.

”O tipo I é o mais comum em crianças. Porém, com o aumento da obesidade infantil, atualmente, o tipo II vem crescendo consideravelmente”, diz Motta.

O médico informa que os sintomas são muitos e decorrem do aumento da glicose no sangue (hiperglicemia); levando a perda de peso, muita fome e sede; aumento no volume e na frequência das diureses (bebês pequenos tem fraldas mais pesadas, encharcadas); dores abdominais; choro e fome inexplicável (crianças de colo).

“Vale destacar que em casos mais graves podem apresentar dores abdominais, desidratação grave, vômitos, além de alteração do nível de consciência e coma, podendo levar à morte”, alerta o pediatra.

Motta informa que não há medicamentos ou terapias consagradas capazes de evitar a diabetes mellitus tipo I autoimune, embora um acompanhamento e diagnóstico precoce possam ser importantes no manejo da doença. “Enquanto um tipo não tem cura, outro pode ser prevenido com a prática de hábitos saudáveis, como atividade física regular e compatível com a idade, além de uma dieta equilibrada e controle do peso”, finaliza ele.

Atente-se às dicas:

– A dieta deve ser balanceada e compatível com a idade, evitando se alimentos processados, ricos em açúcar e gorduras saturadas, considerando o nível de atividade e condições socioeconômicas do paciente. O médico reforça que os pais devem estar atentos aos horários das refeições;

– Se detectar algum sintoma, é recomendado que os pais levem a criança ou adolescente ao pediatra para que seja feito o diagnóstico. Segundo Motta, quanto mais cedo fizer o tratamento possa ser iniciado;

– Também é importante estimular a criança a praticar atividades físicas e a ter uma alimentação saudável e equilibrada. O pediatra reforça que ela deve ser recomendada por um nutricionista.