É fato: ser surpreendido por um barulho muito forte pode sim ser um gatilho para algo mais sério, como por exemplo, uma parada cardíaca. Isso por que pessoas com problemas de saúde já existentes e por vezes desconhecidos podem morrer ao levar um susto. E o problema atingi não somente pessoas, mas também animais.
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O adolescente Misael Fernando dos Reis Martineli, de 15 anos, estava no quarto, na madrugada da quarta-feira (4) quando familiares ouviram o barulho de um trovão e em seguida, um grito. Eles encontraram Misael já desacordado. O adolescente chegou a ser encaminhado para o hospital, mas teve uma parada cardiorrespiratória e não resistiu.
Em entrevista à Record TV, a cardiologista arritmologista da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas, Luciana Sacilotto, disse que a morte pode ter sido desencadeada pelo susto e que o adolescente poderia ter uma predisposição genética, desconhecida pela família.
“A frequência tá ali calma em 70 ela vai pra 120, 140 em segundos, ela exige que os canais cardíacos façam um rearranjo, porém se a gente tem um defeito desses canais isso não acontece dessa maneira e existem então correntes elétricas que levam à parada cardíaca”, explicou a especialista em entrevista à Record TV.
Um outro caso, em São Paulo, uma senhora de 60 anos passou mal ao presenciar a família ser assaltada. Os bandidos chegaram em uma moto e um dos filhos foi ameaçado com uma arma. O filho, contou para a equipe de reportagem da emissora que Maria Peçanha sentiu fortes dores no peito assim que os criminosos foram embora.
Mais uma vez, para a cardiologista o susto com o crime pode ter propvocado a morte de Maria. Mas é importante destacar que de uma maneira diferente da que acometeu o adolescente.
“O que se postula é que essa liberação então da adrenalina do susto possa levar à essa contração miocárdica, a contração do músculo cardíaco que em segundo tempo poderia levar à uma contração anormal, vamos dar um exemplo à toa, quase que uma cãibra, que possa então a levar a arritmias e paradas cardíacas”, disse durante a entrevista.
Casos como esses chamaram a atenção de muitas pessoas que sequer imaginavam que um susto poderia terminar em morte. E não apenas os seres humanos podem ser vítimas das consequências de um susto, os animais também.
Na casa do engenheiro Alexandre Denófrio, uma pastir-alemão chamada July morreu após assustar com o barulho dos fogos de artifício na noite de Natal. “Segundo o médico ela teve uma torção no estômago por causa do susto dos (barulhos) fogos. Por ela ter comido antes, o estômago acabou inchando e ela não resistiu a cirurgia e acabou falecendo”, contou.
O que fazer para não morrer de susto?
Segundo especialistas, em primeiro lugar e os mais importante é fazer os checkups de rotina com um cardiologista de sua confiança. Afastar os riscos de uma doença cardíaca desconhecida e tratar as diagnosticadas pode ser fundamental em um momento de ansiedade e adrenalina extrema.
Além disso, procurar levar uma vida mais tranquila, com rotina de exercícios, boa alimentação, sempre buscando momentos de descanso e prazerosos ajuda a manter o coração “sossegado”, sem emoções fortes e nocivas à saúde do órgão.
Com informações do repórter Jean Brandão, Record TV.
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