Com apenas 60% das doses mensais enviadas para o Espírito Santo em maio, a secretaria de Estado da Saúde (Sesa), precisou limitar a distribuição da vacina BCG para os municípios capixabas. A pasta informou que foram necessárias novas medidas para minimizar os efeitos na oferta do imunizante para os recém-nascidos.
De acordo com comunicado oficial divulgado pelo Ministério da Saúde, a disponibilidade do imunizante está limitada ao estoque nacional.
A BCG é uma das primeiras vacinas a serem administradas em bebês. Ela protege contra as formas graves da tuberculose, doença altamente contagiosa e que afeta os pulmões. No calendário de vacinação da criança, ela deve ser aplicada em uma dose única, ao nascer.
Oferta da BCG será por agendamento nas unidades de saúde
A oferta da vacina BCG nas maternidades deverá acontecer em dias alternados, considerando que os recém-nascidos ficam internados por pelo menos 48 horas nas maternidades. Além disso, a oferta por agendamento nas unidades de saúde, também deverá ser adotada como forma de otimizar os frascos. Os dias e locais de oferta da vacina BCG nos municípios serão divulgados para a população.
A coordenadora do Programa Estadual de Imunizações e Vigilância das Doenças Imunopreveníveis (PEI) disse que o ideal é que as famílias procurem se informar junto aos municípios.
“A nossa principal orientação à família é que busque informações em seus municípios quantos aos serviços de vacinação para saber ao certo os dias e horários de oferta da BCG. É muito importante levar os recém-nascidos devido à prevenção que a vacina confere às formas graves da tuberculose”.
Envio reduzido de doses deverá permanecer pelos próximos 7 meses
O Ministério da Saúde informou que o motivo da disponibilidade limitada é a dificuldade na aquisição do imunobiológico (substância terapêutica produzida por sistemas biológicos vivos).
A cota reduzida, de acordo com Ministério da Saúde é, “para que não haja desabastecimento nos serviços de vacinação”.
O comunicado do Ministério, traz ainda a informação de que existe previsão de que o envio reduzido de doses permaneça pelos próximos sete meses. “Por isso, é importante para que possamos trabalhar com estratégias de otimização, de forma a garantir a imunização dessas crianças e que não haja perda de doses”.