Crianças são naturalmente curiosas. Um artigo publicado na Revista Mente & Cérebro comparou a maneira que bebês e cientistas percebem o mundo e provou que as semelhanças são intrínsecas. Ambos, por meio de experimentos, análises de ação e reação e formação de teorias intuitivas desvendam o que está ao redor.
Além disso, uma pesquisa da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia comprovou que os neurônios das crianças pequenas aumentam de número conforme essas desenvolvem novas habilidades, ou seja, quando a curiosidade dos pequenos é estimulada, o desenvolvimento deles é proporcionalmente impulsionado.
A curiosidade prepara o cérebro para a aprendizagem e a torna mais gratificante e efetiva, é o que revela um estudo realizado pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.
Para a psicóloga especialista em crianças e educadora parental, Talita Espíndula, incentivar as crianças a serem criativas não é um papel exclusivo da escola e, sim, um hábito que também precisa ser presente na rotina em casa.
“Brincadeiras ao ar livre, contato com arte e jogos de raciocínio, como perguntas e respostas, são excelentes exemplos de atividades que os pais e responsáveis podem desenvolver em casa. É importante aceitar as indagações dos pequenos, não julgá-los e, principalmente, ter paciência para respondê-los”, explica a especialista.
Ainda de acordo com a especialista, é preciso que os professores incentivem as crianças a serem criativas, respeitem e tenham paciência para entender os questionamentos delas.
“É de extrema importância criar em todo o ambiente escolar uma atmosfera de carinho, respeito e atenção para que as crianças se sintam confortáveis em explorar a curiosidade, fazer questionamentos e, assim, se desenvolverem”, finaliza.