Reprodução/Freepik
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O câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres e graças aos avanços no diagnóstico e tratamento, a sobrevida das pacientes aumentou significativamente, sendo considerado uma doença crônica. Junto com essa conquista surge uma nova preocupação: o impacto dos tratamentos oncológicos na saúde cardiovascular.

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A chamada cardiotoxicidade, são os efeitos que a terapia oncológica pode impactar a saúde cardiovascular. Por exemplo:

1- A quimioterapia com a doxorrubicina é eficaz, mas pode cursar com cardiotoxicidade provocando insuficiência cardíaca em alguns casos, exigindo acompanhamento durante e após o tratamento.

2- Terapias alvo como o trastuzumabe, usado em tumores HER2- positivos, também podem levar a insuficiência cardíaca especialmente em pacientes com fatores de risco cardiovasculares pré-existentes.

3- Radioterapia – pode levar ao desenvolvimento de doença aterosclerótica, doença valvar, pericardite.

Uma avaliação dos fatores de risco cardiovasculares antes de iniciar o tratamento oncológico, e a realização de exames para monitoramento durante o tratamento, como o Ecocardiograma, são ações essenciais para diminuir a chance de cardiotoxicidade.

O Câncer e as doenças cardiovasculares tem vários fatores de risco em comum como obesidade, tabagismo, sedentarismo, má alimentação, consumo de álcool.

Logo, o coração e o câncer de mama estão interligados, fazendo a prevenção cardiovascular também estamos fazendo para o câncer. O tratamento oncológico não pode ser desvinculado do cuidado com a saúde cardiovascular. A integração entre a Oncologia e a Cardiologia é essencial para garantir não apenas a sobrevivência mas também a boa qualidade de vida a longo prazo