Mulheres e homens que estão acima do peso precisam estar atentos com os riscos que o excesso de gordura geram à saúde. Alem de doenças como o diabetes, a hipertensão e infarto, a obesidade também pode interferir no sonho da paternidade, porque o excesso de gordura no corpo prejudica a fertilidade e aumenta a produção de estrógeno.
O especialista em metabolismo e cirurgia bariátrica, Antelmo Sasso Fim, explica que muita gordura no sangue dificulta a circulação sanguínea, principalmente nos vasos capilares como os da região peniana.
“A falta de circulação impede a ereção completa o que pode prejudicar a vida sexual masculina. A obesidade também está ligada ao aumento do risco de doenças cardíacas, entre tantas outras”, ressalta o médico.
Bariátrica como opção
A cirurgia bariátrica é reconhecida como um dos tratamentos do nível mais grave de obesidade (grau 3). Nesse estágio, a doença é classificada como mórbida, ou seja, representa uma enfermidade. Muitas pessoas recorrem ao procedimento quando não conseguem alcançar um peso saudável por outros meios, como a reeducação alimentar e a prática de atividade física.
Para se tornar um paciente elegível, ou seja, apto ao procedimento, é preciso cumprir os requisitos impostos pelo Ministério da Saúde, que incluem: idade mínima de 16 anos; IMC maior ou igual a 40; ou IMC maior que 35 associado a comorbidades, que são doenças diretamente ligadas a obesidade, como diabetes e hipertensão. Os pacientes também precisam passar pela avaliação de uma equipe multidisciplinar, que inclui acompanhamento médico, nutricional e psicológico.
Com a perda de peso, a produção de hormônios regulariza e os pacientes que se submetem a uma cirurgia bariátrica, além de passarem a perceberem melhor o seu corpo, notam melhoria na vida sexual. Contudo, mulheres que passaram pelo procedimento e desejam ser mães, devem aguarda dois anos para engravidar. Neste meio tempo, é recomendado fazer o uso de anticoncepcional.