A Organização Mundial da Saúde (OMS), que na semana passada suspendeu os testes com hidroxcloroquina após o estudo da The Lancet mostrar que o medicamento estava associado com um risco maior de morte em pacientes hospitalizados, anunciou na última quarta-feira (3) que estava pronta para retomar os testes clínicos com o remédio para tratar pacientes com a covid-19.
As novas pesquisas seguem após críticas generalizadas sobre a qualidade dos dados em um estudo que foi retirado do ar na quinta-feira (4). O artigo, originalmente publicado na influente publicação científica The Lancet, havia descoberto riscos altos associados ao tratamento com o remédio.
A meia-volta da OMS se deu após quase 150 médicos assinarem uma carta à Lancet ressaltando preocupações sobre as conclusões do estudo. Na quinta-feira, três dos autores retiraram o estudo, dizendo que a empresa que detêm os dados não o publicaria para uma revisão independente.
De acordo com Martin Landray, cientista que colidera o estudo Recovery mudança de postura da OMS diz que é “uma decisão sábia” para o maior projeto de pesquisa do mundo sobre medicamentos existentes que podem ser aproveitados para o tratamento de pacientes com a covid-19.
O estudo da The Lancet era um estudo “observacional retrospectivo”, utilizando um conjunto de dados vindos de uma empresa de análises para avaliar os efeitos que a substância tinha em alguns pacientes da Covid-19, comparados com pacientes que não a receberam.
Alguns especialistas disseram que o episódio atrasou os esforços para determinar se a hidroxicloroquina seria um tratamento arriscado ou eficiente para a Covid-19, conforme alguns estudos por todo o mundo foram suspensos após a decisão inicial da OMS de parar as pesquisas.
Cientistas reconhecem, no entanto, que estudos que estão sendo conduzidos em ritmos acelerados e angariando níveis de atenção sem precedentes podem oferecer conclusões despropositadas.
*Com informações do Portal R7