O estudante Kauã Rozário, de 11 anos, teve morte cerebral confirmada pela Secretaria Municipal de Saúde na quinta-feira, 16, seis dias após ser atingido por uma bala perdida enquanto andava de bicicleta na Vila Aliança (zona oeste do Rio). Após internação, Kauã foi submetido a uma cirurgia e permanecia internado em estado gravíssimo na UTI pediátrica do Hospital Albert Schweitzer até a noite de quarta-feira, 15, quando surgiram indícios de que ele poderia ter sofrido morte cerebral. Foi, então, aberto procedimento para analisar o caso e a morte foi confirmada nesta quinta-feira.
O que é a morte cerebral?
Também chamada morte encefálica, a morte cerebral ocorre quando não há mais nenhum tipo de atividade cerebral – no caso, o fim das atividades do cérebro é irreversível, seja elétrica (micro impulso entre os neurônios), circulatória (artérias) ou metabólica (referente a utilização de oxigênio, glicose e outros nutrientes pelas células cerebrais).
Como diagnosticar a morte encefálica?
O paciente entra em um estado de coma, quando ele não reage de forma alguma a estímulos externos e nem aparenta percebê-los. O diagnóstico da morte cerebral deve ser feito seguindo uma lista de critérios determinada pela Academia Brasileira de Neurologia e baseada em protocolos internacionais.
– Não há reações da pupila para a luz
– Paciente não pisca quando o médico encosta no olho
– Reflexo de tosse: a traqueia é aspirada, percebendo se o paciente tosse involuntariamente com esta ação.